‘Merecemos essa água de qualidade’, diz moradora sobre novo sistema de abastecimento implantado em Parintins

A moradora do bairro São Benedito, Helene Mara, 61, conviveu por anos com um sistema de abastecimento de água inadequado no município de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus). Mas essa realidade mudou com a inauguração, feita pelo governador Wilson Lima, da primeira etapa do novo sistema de abastecimento de água da cidade.

“Estamos sentindo uma melhora muito grande. Espero que continue evoluindo muito mais. Nós precisamos e merecemos essa água de qualidade, porque água é vida”, disse Helene Mara.

A estrutura faz parte do Programa de Saneamento Integrado (Prosai Parintins) e vai assegurar água tratada e de qualidade, durante o 58º Festival e permanecerá como solução definitiva para toda a área urbana.

No bairro Palmares, Rosivaldo Magalhães, 32, garantiu que o novo sistema vai impactar na rotina da casa e do trabalho. “Tempos atrás, a água era precária para tomar banho e fazer a comida. Melhorou bastante; a água é fundamental para tudo e é uma questão de saúde pública”, disse o morador.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb), Marcellus Campêlo, todos os esforços do Governo do Amazonas foram voltados para a solução do problema de captação da água.

“O sistema de água de Parintins vai ser composto por captação, reserva e distribuição. O governador Wilson Lima inaugurou, hoje, a primeira etapa, que trata da captação, onde a qualidade da água era o maior problema”, destacou o secretário.

Obras da primeira etapa

As obras do Prosai Parintins estão sendo executadas pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão da Sedurb. O programa envolve saneamento básico, urbanização, construção de equipamentos urbanos, habitação e reflorestamento.

Nesta primeira etapa, estão sendo entregues nove poços profundos e 26 quilômetros de rede de distribuição. Os poços perfurados pelo Prosai têm 200 metros de profundidade, mais que o dobro dos poços atuais, que têm entre 60 e 80 metros. Os novos poços captam a água do aquífero Alter do Chão, o maior em volume de água doce do mundo, e já passaram por análise de qualidade que comprovou a pureza da água.

O projeto completo prevê 44 quilômetros de rede de distribuição, perfuração de dez poços, recuperação de sete poços existentes, além da construção de quatro Centros de Reservação e Distribuição (CRDs). O investimento é de R$ 53,7 milhões.