
Foto: Divulgação/Fepiam
O 58º Festival de Parintins também celebra o grafismo, expressão de identidade e tradição. A 5ª Feira de Artesanato Indígena, promovida pela Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepiam), acontece até domingo (29/06), na Praça da Catedral de Nossa Senhora do Carmo.
Símbolos que carregam histórias, espiritualidade e identidade dos povos originários estão presentes em peças como cestarias, tecidos, cerâmicas, acessórios e até pinturas corporais. O grafismo indígena, mais do que uma expressão estética, é uma linguagem viva que transmite saberes e a conexão dos povos com a natureza e seus territórios.
Para o diretor-presidente da Fepiam, Nilton Makaxí, destacar o grafismo indígena durante um dos maiores eventos culturais do país é uma forma de reafirmar o protagonismo dos povos indígenas no cenário artístico e social do Amazonas.
“O grafismo é uma escrita ancestral. Cada traço carrega o conhecimento dos nossos antepassados, o respeito à floresta, aos rios e à nossa história. Mostrar isso em Parintins é mostrar que somos cultura viva e parte essencial da identidade do Amazonas”, afirmou Makaxí.
Além de expor e comercializar produtos com grafismos autênticos, os artesãos também compartilham com o público o significado de cada símbolo, promovendo um rico diálogo intercultural.
A feira tem atraído torcedores de Caprichoso e Garantido, visitantes nacionais e estrangeiros, interessados em levar para casa não apenas uma peça artesanal, mas um pedaço da memória indígena.
O diretor administrativo e financeiro da Fepiam, Joabe Leonam, destaca a importância do evento como estratégia de valorização cultural e geração de renda. “Essa é uma ação que fortalece o protagonismo dos artesãos indígenas e permite que suas culturas sejam respeitadas, reconhecidas e economicamente sustentáveis. O Festival de Parintins é uma grande vitrine, e o grafismo tem se destacado como símbolo de resistência e beleza”, comenta.
A feira segue com entrada gratuita até o encerramento do festival.
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