Alunos surdos do Liceu de Parintins participam de coral em Libras que vai se apresentar no Bumbódromo

Foto: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Divulgação

Alunos dos núcleos de percussão e teatro para surdos do Liceu de Artes de Parintins vão participar de uma das noites do 58º Festival de Parintins na arena do Bumbódromo.

Administrado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, o Liceu de Artes de Parintins conta com aproximadamente 20 alunos que participarão do coral em Libras que integrará a apresentação oficial do Boi Caprichoso no Bumbódromo.

O diretor do Liceu de Parintins, Williamy Christian da Silva, diz que o trabalho desenvolvido com alunos surdos fortalece a integração dessas pessoas na sociedade. Além das atividades artísticas, eles contam com apoio pedagógico e social.

“Hoje, somos uma das poucas instituições em Parintins que oferecem suporte direcionado às pessoas surdas. Estamos promovendo cursos específicos, além de acompanhamento pedagógico e social. Tudo isso contribui diretamente para a melhoria da qualidade de vida desses alunos. Esse trabalho também se estende às ações culturais e extracurriculares. Sem dúvida, essa integração fortalece o bem-estar e o sentimento de pertencimento deles”, afirma.

Um dos alunos que integra o coral em Libras é Adson Gomes. Para ele, participar de uma apresentação oficial representa a quebra de barreiras do preconceito e a valorização do trabalho voltado para pessoas surdas realizado pelo Liceu.

“Essa é uma oportunidade para mostrarmos o trabalho que o Liceu desenvolve conosco, nas áreas do teatro e da percussão, junto com os professores Adriana e Enéas, que nos acompanham e nos auxiliam muito nesse processo de responsabilidade, inclusão e expressão artística. Tudo isso é um reflexo do que queremos mostrar para o Amazonas e para o mundo”, contou.

Adson também destacou a emoção de fazer parte do espetáculo de um dos bumbás de Parintins. Para ele, é uma forma de mostrar que pessoas surdas podem estar presentes em todas as esferas artísticas.

“Estar no Caprichoso é uma felicidade imensa. Eu me sinto realizado e determinado a ajudar a quebrar barreiras de exclusão. Queremos que as pessoas entendam que nós não somos apenas surdos. Podemos dançar, nos apresentar no Bumbódromo, fazer teatro — tudo o que quisermos. Não é fácil. A cultura parintinense ainda tem barreiras em relação à inclusão de surdos, e isso precisa mudar”, comentou.

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