
Foto: Alex Pazuello
Com o título “Nonatinho: O Maestro das coxias – Meio século dedicado ao ofício”, o curta-metragem documental presta uma homenagem ao técnico de cena Raimundo Nonato, conhecido como Nonatinho, que dedicou mais de 50 anos ao Teatro Amazonas.
Figura icônica dos bastidores e referência da cena técnica na capital amazonense, Nonatinho faleceu em junho de 2025, aos 89 anos, durante o período de gravações do documentário — deixando um legado de generosidade, profissionalismo e amor pelo ofício.
A exibição do curta será gratuita e acessível ao público a partir do dia 25 de junho pela internet nos canais YouTube e Instagram através do perfil @nonatinho.doc e @nonatinho.documentario. Contará ainda com sessões presenciais em instituições públicas de ensino de Manaus, com rodas de conversa ao final, promovendo o diálogo sobre os ofícios técnicos, a memória cultural e a importância dos registros que humanizam os protagonistas invisíveis da arte.
A produção nasceu do desejo de registrar e eternizar a trajetória deste profissional, símbolo de resistência e excelência técnica, que mesmo após décadas nos corredores e coxias do Teatro Amazonas seguia ativo e respeitado por artistas, diretores e equipes. Em vida, Raimundo Nonato teve conhecimento do projeto documental, o recebeu com alegria e aprovou entusiasmado a iniciativa, o que torna ainda mais simbólica e afetiva a realização da obra.
O curta não apenas revela a história de Nonatinho, mas também aponta para a importância de documentar e valorizar os bastidores — espaços e profissionais que sustentam silenciosamente a arte em sua estrutura mais fundamental. Em um cenário onde funções como contrarregra, maquinista e cenotécnico ainda carecem de reconhecimento e formação especializada, sobretudo na região Norte, o filme torna-se um instrumento de preservação da memória técnica-teatral e estímulo às novas gerações.
Durante a produção, a equipe técnica do documentário foi marcada pela responsabilidade e emoção de acompanhar os últimos dias de Nonatinho. Com profundo respeito e sensibilidade, todos seguiram comprometidos em manter a integridade da proposta, transformando o filme também em um tributo póstumo à sua história.
Além de diversos profissionais envolvidos e amigos próximos entrevistados, destaca-se a produção do documentário por Thiana Colares, direção e roteiro por Juca di Souza e direção de fotografia por Julia Kahane.
O projeto foi contemplado no edital de Fomento às Artes e Cultura, realizado com recursos do Governo Federal repassados por meio da Lei Paulo Gustavo, operacionalizado pela Manauscult através da Prefeitura de Manaus.
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