
Foto: Divulgação
A Operação de Desintrusão da Terra Indígena Kayapó (OD-TIKAY) segue em ritmo acelerado e já provocou mais de R$ 79,5 milhões em prejuízos diretos ao garimpo ilegal na região. A iniciativa é liderada pelo Governo Federal e reúne mais de 15 órgãos públicos em uma força-tarefa inédita para enfrentar crimes ambientais e garantir os direitos dos povos indígenas.
Desde o início da operação, em 2 de maio, foram realizadas 370 ações operacionais — 50 delas apenas na última semana —, incluindo a destruição de maquinários pesados, desmobilização de acampamentos ilegais, além de patrulhamentos terrestres e aéreos e bloqueios em rodovias que dão acesso à área protegida. A ofensiva mira desarticular a logística que sustenta as atividades criminosas, restringindo o transporte de combustíveis, equipamentos e mantimentos utilizados pelos garimpeiros.
Força conjunta e atuação estratégica
Coordenada pela Casa Civil da Presidência da República, a operação conta com a participação de ministérios, forças de segurança, agências reguladoras e órgãos ambientais. Entre eles, estão os Ministérios da Justiça e Segurança Pública, Defesa, Povos Indígenas e Trabalho, além de Ibama, Funai, Polícia Federal, Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal, Censipam, AGU, ANTT, ANP, Anac e a Secretaria de Comunicação Social (Secom).
A integração das equipes garante uma atuação coordenada e eficaz, em consonância com decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinam a retirada de invasores e a interrupção de atividades ilegais em terras indígenas.
Resultados concretos e presença contínua
Desde o início da operação, as forças de fiscalização têm enfraquecido significativamente a presença do garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó. Duzentos e setenta e quatro motores foram inutilizados, 7 motos foram destruídas, 70 acampamentos e 655 foram desmontados e o fluxo de abastecimento, bloqueado. Outros equipamentos como placas solares, antenas, balsas e tanques de combustível também foram inutilizados pela força-tarefa. A permanência das equipes no território tem sido essencial para impedir o retorno das atividades criminosas.
“O impacto na capacidade operacional dos garimpeiros é evidente. Estamos desestruturando as redes logísticas e financeiras do garimpo ilegal, com base em ações planejadas e respaldadas por informações de inteligência”, afirma Nilton Tubino, da Casa Civil, coordenador da operação.
Inteligência e monitoramento
A atuação de inteligência, liderada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pelo Censipam, tem sido determinante. As informações levantadas em campo permitem ações cirúrgicas e o mapeamento de rotas clandestinas, depósitos de materiais e pontos críticos de exploração.
O monitoramento de rios e estradas, por sua vez, tem dificultado o transporte de insumos, enfraquecendo a cadeia que sustenta a mineração ilegal na região.
Compromisso
A operação OD-TIKAY reforça o compromisso do Governo Federal com a defesa dos direitos dos povos indígenas, a preservação da Amazônia e o enfrentamento aos crimes ambientais. A expectativa é de que as ações se intensifiquem nas próximas semanas, com reforço nas fiscalizações por terra, água e ar.
Agência Gov
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