
Evento realizado nesta quarta-feira (5) marcou o início da jornada científica das novas bolsistas, com foco na tribologia e no protagonismo feminino na ciência (Foto: Divulgação)
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) deu início, nesta quarta-feira (5), às atividades do projeto TriboGirls, voltado à formação de jovens alunas do ensino médio na área da ciência, com ênfase na tribologia — estudo do atrito, desgaste e lubrificação entre superfícies. A cerimônia de boas-vindas reuniu estudantes selecionadas para o projeto, professoras do Colégio Estadual Barão de Mauá e integrantes da equipe técnica do Instituto.
Desenvolvido a partir de edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto busca incentivar a participação de meninas na ciência, por meio de ações que unem formação teórica e prática em ambiente de pesquisa, durante um ano de atividades.
Durante a abertura, a pesquisadora Márcia Maru, uma das coordenadoras do projeto, reforçou o papel transformador da proposta:
“Esse projeto vai muito além da vivência em laboratório. Queremos que essas meninas conheçam a ciência de perto, se vejam como protagonistas e compartilhem esse conhecimento. É assim que a gente transforma a realidade.”
Já o chefe da Divisão de Metrologia de Materiais no Inmetro, Oleksii Kuznetsov, ressaltou o alto nível do corpo técnico e da infraestrutura oferecida às participantes:
“Vocês estão em um dos centros de referência em tribologia da América do Sul, ao lado de profissionais altamente qualificados. Aproveitem essa oportunidade gratuita para explorar, aprender e se desenvolver. É um caminho que pode levar ao curso técnico, à universidade e até ao mestrado ou doutorado aqui mesmo.”
O evento também contou com apresentações de outros representantes do Inmetro que integram a rede de apoio ao projeto. A servidora Sandra Lima, do Serviço de Saúde Ocupacional (Sesao), destacou a importância do acolhimento e do bem-estar para o desenvolvimento das bolsistas. Já o pesquisador-tecnologista Edson Miyata, da Divisão de Ensino e Pesquisa (Diepi), apresentou as possibilidades futuras para as participantes, como cursos técnicos gratuitos, graduação e até programas de pós-graduação oferecidos pelo Instituto. A programação incluiu ainda momentos de integração entre alunas, professoras e pesquisadores.
Próximos passos
O cronograma do projeto prevê quatro etapas principais: introdução aos conceitos da tribologia e biotribologia, familiarização com equipamentos laboratoriais, execução de ensaios e análise de resultados. Ao final da jornada, as estudantes estarão preparadas para multiplicar o conhecimento adquirido, tornando-se referências em suas comunidades escolares.
Agência Gov
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