
Projeto realizado pela Amazônia B com apoio da BIC Amazônia mostra como a responsabilidade social corporativa pode transformar a juventude e fomentar uma cultura sustentável na região amazônica (Foto: Divulgação)
Em meio a desafios urgentes como mudanças climáticas, insegurança alimentar e perda da biodiversidade, a juventude da Amazônia desponta como protagonista de uma nova visão para o futuro. O projeto Guardiões da Amazônia, realizado pela Amazônia B com o apoio da BIC Amazônia, chega à capital amazonense com um modelo inovador de educação experiencial que alia arte, ciência, tecnologia e engajamento social.
Após percorrer municípios do interior como Manacapuru, Anori e Codajás, onde impactou mais de 2.800 jovens e capacitou 240 professores, o projeto aporta em Manaus durante o mês do Meio Ambiente, convidando os estudantes a uma imersão cultural e criativa sobre os grandes temas que afetam a floresta e o planeta.
Mais do que ensinar práticas sustentáveis, o movimento desperta uma mudança de perspectiva sobre o papel da juventude na construção do futuro da Amazônia. Por meio de metodologias lúdicas e envolventes, o Guardiões da Amazônia inspira os jovens a refletirem sobre suas próprias trajetórias, escolhas profissionais e seu impacto nas comunidades onde vivem.
“Esse projeto é sobre pertencimento. Queremos que os jovens se reconheçam como protagonistas de uma nova Amazônia, onde sustentabilidade não é um conceito distante, mas uma prática diária, uma oportunidade de inovação, renda e orgulho regional”, destaca Bellmond Viga, diretor do projeto.
A proposta é clara: usar a educação e a cultura como ferramentas de transformação social e ecológica, conectando as juventudes amazônicas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e às grandes agendas globais sobre clima, biodiversidade e justiça socioambiental. Os temas abordados envolvem segurança alimentar, erradicação da fome, logística reversa, empreendedorismo e bioeconomia, em uma jornada que resgata a identidade local e aponta para um novo horizonte de desenvolvimento.
O movimento também reforça o poder da responsabilidade social corporativa como agente ativo na promoção de mudanças estruturais. O apoio da BIC Amazônia ao projeto é um exemplo de como empresas podem se comprometer genuinamente com o território onde atuam, fomentando educação de qualidade, inclusão e futuro verde.
“A Amazônia não pode ser vista apenas como paisagem exótica ou fronteira ecológica. Ela é um polo estratégico de conhecimento, inovação e soluções para o planeta. Investir na juventude amazônica é investir no futuro do Brasil e do mundo”, afirma o idealizador do projeto.
Segundo o relatório Nova Economia da Amazônia, elaborado pelo WRI Brasil, a bioeconomia e a conservação florestal podem gerar mais de 833 mil empregos até 2050, movimentando cerca de R$ 40 bilhões ao ano. A preparação das novas gerações para atuar nesse contexto é, portanto, uma prioridade estratégica — e Guardiões da Amazônia está na linha de frente desse movimento.
Ao trazer uma linguagem acessível, experiências imersivas e conexão com o território, o projeto está criando uma nova cultura de sustentabilidade na região, onde os jovens se tornam não apenas multiplicadores de boas práticas, mas também líderes, empreendedores e defensores ativos da floresta.
A primeira ação do projeto em Manaus será realizada no dia 13 de junho, na Escola Estadual de Tempo Integral Maria Rodrigues Tapajós, com atividades durante a manhã e a tarde.
Deixe um comentário