
Foto: Divulgação/Semsa
Profissionais de saúde da Prefeitura de Manaus participaram de um curso de capacitação com foco na vigilância do sarampo, coqueluche e toxoplasmose congênita e gestacional. Coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o treinamento iniciou no último dia 9 e terminou na terça-feira, 20/5, com a formação de 71 servidores que atuam na vigilância epidemiológica dos cinco Distritos de Saúde (Disas) da secretaria, Norte, Sul, Leste, Oeste e Rural.
O conteúdo programático do curso, realizado no Complexo de Saúde Oeste da Semsa, no bairro da Paz, incluiu estudos de caso de sarampo, coqueluche e toxoplasmose congênita e gestacional; definição de casos entre suspeito, provável, confirmado e descartado; e fluxograma de encerramento e preenchimento de notificação dos agravos. A formação teve carga horária de cinco horas, com atividades em quatro turmas, nos turnos matutino e vespertino, conforme os horários dos servidores.
A chefe do Núcleo de Controle de Doenças de Notificação Compulsória e Agravos Imunopreveníveis, Sulamita Maria da Silva, relata que o treinamento alcançou médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS) dos cinco distritos da Semsa, além da coordenação de laboratórios distritais.
“Buscamos reunir no curso a totalidade dos servidores que atuam na vigilância epidemiológica dos distritos, que enfoca agravos relevantes pela alta capacidade de transmissão e potencial para complicações sérias, podendo ter impacto significativo na saúde pública”, assinala a gestora, também coordenadora da formação.
Agravos e atenção
Sulamita destaca a situação do sarampo, que teve registros confirmados no Brasil, bem como aumento de casos nas Américas. “Não temos casos confirmados em Manaus, mas já houve cinco no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. É imprescindível estarmos vigilantes para que o país não perca a certificação de país livre da doença”, observa.
Já a toxoplasmose, de acordo com a servidora, tem relevância especial quando ocorre na gestação pelo potencial de transmissão vertical para o bebê. A infecção, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, pode levar a morte fetal, prematuridade, manifestações clínicas e sequelas no nascituro. O diagnóstico da doença, relata Sulamita, pode ser complexo, exigindo atenção a múltiplos fatores associados.
“Daí ser necessária a vigilância adequada, a partir dos registros no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, dados do pré-natal, de tratamento, de laboratório e investigação domiciliar e fluxo de acompanhamento realizados pelas equipes nos distritos”, relata.
Coqueluche
A coqueluche, nota Sulamita, apresenta períodos de picos epidêmicos seguidos por períodos de baixa circulação do agravo. Foram confirmados 89 casos no município de Manaus em 2015, com redução dos casos confirmados nos anos seguintes, zerando em 2022. Em 2024, aponta a gestora, apresentou uma nova curva de crescimento com a confirmação de 21 casos no município.
“Buscamos justamente capacitar e sensibilizar as equipes da Vigilância Epidemiológica da Semsa para a detecção precoce de casos suspeitos e realização oportuna das ações de vigilância, a fim de se tornarem multiplicadores entre demais profissionais da rede de Atenção Básica”, conclui.
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