Em escola de Manaus, alunos e responsáveis discutem exploração sexual infantojuvenil

Foto: Eliton Santos/Semed

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, é uma data fundamental para mobilizar a sociedade e lembrar que proteger meninas e meninos da violência sexual é uma responsabilidade de todos. Para discutir o tema, a Escola Municipal Fernando Timóteo, da Prefeitura de Manaus, localizada no bairro Manoa, zona Norte, realizou uma atividade lúdica na tarde desta segunda-feira, 19/5, para alunos e responsáveis. A iniciativa foi do Grêmio Estudantil da unidade de ensino, com o apoio da equipe escolar.

A ideia da palestra foi trazer agentes da segurança pública estadual, que lidam especificamente com casos de violência contra crianças e adolescentes para esclarecimentos, dúvidas, destacar direitos, falar sobre autocuidado, identificar sinais de abuso, ensinar os pais a agirem diante de suspeitas e quais são os canais disponíveis para denúncia e apoio.

A ação também faz parte da campanha “Faça Bonito”, que acontece em âmbito nacional, inclusive nas unidades da Prefeitura de Manaus. De acordo com a gestora Lucileni Mendonça, a escola quis fazer a palestra com intuito de alertar e prevenir os estudantes e responsáveis sobre casos e situações de violência contra criança.

“Muito se fala por meio das mídias sobre violência contra as nossas crianças, e não queremos que isso aconteça, por isso estamos fazendo essa palestra como forma de prevenção, mesmo não tendo caso de violência aqui na nossa escola”, destacou Lucileni.

A palestrante convidada para trazer os esclarecimentos foi a delegada adjunta da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Mayara Magna.

“Muitas crianças, muito pais não sabem quais são os tipos de violências que as crianças podem sofrer e daí a importância de virmos aqui, de mostrarmos quais os tipos, como se proteger, como se prevenir; falar sobre as características que uma criança apresenta quando ela sofre algum tipo de violência, e também para pedir para os pais ficarem mais atentos, porque muitas vezes o agressor está dentro de casa, ou é um amigo ou é um vizinho. E é bom ressaltar que falar sobre isso é proteger as crianças e adolescentes, e ficar em silêncio é proteger o agressor”, frisou a delegada Mayara.

Dentre os responsáveis, estava presente a autônoma Samia Silvestre, mãe de Diego Silvestre, de 7 anos, do 2º ano. Ela parabenizou a Secretaria Municipal de Educação (Semed) pela iniciativa e disse que é importante trazer esse tipo de abordagem na escola, para esclarecer aos alunos como eles podem se defender de possíveis agressores. “O evento é bom para as crianças aprenderem a ter uma noção de como se defender e agir quando alguém vir fazer algo de errado com eles”, disse.

A estudante Ranna de Souza, de 9 anos de idade, do 3º ano e presidente do Grêmio Estudantil, enfatizou o recado dado pela delegada de polícia durante o evento. “Tocar em qualquer lugar? Não pode. E caso alguém nos toque, em casa ou na escola, devemos falar, não ficar calados”, afirmou.

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