Magistradas do TJAM vão debater desafios de conciliar vida profissional com vida familiar

Magistradas do TJAM vão debater desafios de conciliar vida profissional com vida familiar

O diretor da Esmam, desembargador Flávio Humberto Pascarelli Lopes, destacou que muitas juízas mães enfrentam o desafio de conciliar a alta demanda de trabalho no judiciário com as responsabilidades da maternidade, como cuidar dos filhos, conciliar horários, lidar com a falta de tempo e, em alguns casos, com a falta de apoio de familiares.

“Diversas juízas e desembargadoras têm destacado a importância da conciliação entre a carreira e a maternidade. A presença de mulheres na magistratura, incluindo as juízas mães, é importante para a diversidade e a representatividade no judiciário, contribuindo para a construção de um sistema mais justo e equitativo. Sabemos da necessidade de trazer esse debate e procurarmos juntos soluções para que as magistradas possam exercer suas funções profissionais e pessoais com tranquilidade e segurança”.

Controladoria

A secretária da Controladoria Prévia da Escola da Magistratura amazonense, Mirian Falcão da Silveira Rolim, ressaltou a relevância de reunir este grupo de mulheres que, além de atuarem na magistratura, também são mães, enfrentando os desafios da conciliação entre a carreira e a vida familiar.

O Webinário vem propor iniciativas que visam garantir melhores condições de trabalho e apoio às magistradas mães, pensando também nas mães de filhos especiais.

“A Associação Nacional dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) têm oferecido apoio e iniciativas para auxiliar as magistradas mães, como a Resolução 343 do CNJ, que visa garantir a melhor adequação das condições de trabalho às necessidades das magistradas com filhos especiais e é fundamental encontrar maneiras de apoiar essas profissionais nestas suas duas missões de vida: ser mãe e ser magistrada”, afirmou Rolim.

Magistrada

A magistrada do TJAM e uma das participantes do Webinário, Maria da Graça Giulietta Cardoso de Carvalho, declarou que considera extremamente importante debater a questão da dupla jornada de trabalho da mulher, inclusive das juízas que além de suas responsabilidades profissionais, também desempenham o papel de mães, buscando conciliar suas carreiras na justiça com as demandas da maternidade.

“Será um grande prazer poder compartilhar um pouco destes dois universos tão importantes da minha vida: a maternidade e a magistratura. Como a realidade de muitas brasileiras, o equilibrar destes papéis é consideravelmente desafiador, mas, ao mesmo tempo, motivo de muito orgulho e dedicação”.

Roseane do Vale Cavalcante Jacinto, juíza do TJAM, relacionou a necessidade de conduzir as dificuldades dos assuntos tratados como magistrada com a suavidade e compreensão na educação da filha.

“Conciliar a missão de ser juíza de direito em uma vara de tráfico de drogas e ser mãe de uma menina é um dos maiores desafios da minha vida. No fórum, a razão precisa prevalecer; em casa, o amor precisa ser inteiro.

Presente

Nem sempre é simples desligar a mente do que vivi durante o trabalho para estar totalmente presente com minha filha”.

“Mas aprendi, como mostram Daniel Siegel e Tina Bryson, no livro: O Cérebro da Criança, que momentos de presença verdadeira ajudam a integrar o cérebro infantil, conectando emoção e razão, fortalecendo o desenvolvimento saudável. É na tentativa desse equilíbrio entre mundo profissional e o mundo afetivo que encontro sentido: a justiça que luto para aplicar fora de casa começa primeiro nos vínculos que construo dentro dela”, finalizou a magistrada.

Webinário

Palestrarão no Webinário as magistradas do TJAM: Juliana Arrais, Juline Rossendy, Maria da Graça Giulietta, Mônica Raposo, Naia Yamamura, Nayara de Lima e Roseane do Vale.

As inscrições podem ser feitas no site da ESMAM, pelo link https://esmam.tjam.jus.br/moodle_esmam/.
Informações: [email protected]

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