Ex-prefeito diz que teve contas aprovadas em 2020 e acusa política amazonense de o difamar; PF fez operação sobre merenda escolar

Ex-prefeito diz que teve contas aprovadas em 2020 e acusa política amazonense de o difamar; PF fez operação sobre merenda escolar

Em nota publicada nas suas redes sociais, o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto disse que saiu da Prefeitura Municipal em 2020 e teve todas as contas aprovadas “por todos os órgãos de controle, e todas por unanimidade. Não temo nenhum tipo de revés. Não fiz riquezas, nunca cometi nenhum ato desmoralizador, como avançar no erário”.

A defesa ocorre após a Polícia Federal (PF) ter deflagrado a operação Sem Sabor, nesta terça-feira (25/2), para desarticular um esquema de fraude na dispensa de licitação e desvio de recursos públicos destinados à aquisição de kits de merenda escolar na capital. A investigação revelou que a empresa contratada não possuía capacidade operacional e foi favorecida em um processo irregular realizado em 2020, resultando em prejuízos milionários aos cofres públicos.

Adversários

“Infelizmente, não me surpreende que a política amazonense continue utilizando esse tipo de estratégia, que considero baixa, desleal e perversa. Não me causa estranheza que alguns blogs e jornais também repliquem esse tipo de informação, que não tem respaldo na realidade. Estamos em 2025”, seguiu na defesa, na nota pública.

“Acredito que até meus adversários, os dignos, sabem: jamais deixei de ter a consciência limpa e tranquila. Não luto por cargos para me manter imune, não sou daqueles que precisam de mandatos para ficar em liberdade”, continuou Arthur Virgílio, completando: “quando um homem sério — e todos sabem que sou um homem sério — se dirige a qualquer lugar, antes de chegar, sua honradez chegou primeiro. Um homem de respeito sempre chega logo após sua honradez. Não é a primeira vez que me difamam e no final a vencedora será minha honradez. Busco a paz, mas nunca fugirei da guerra”.

O caso

A Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Sabor, mobilizando 30 policiais federais no cumprimento de 6 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, em residências e sedes de empresas na capital amazonense.

As investigações começaram a partir de uma ação popular e auditorias do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU), que identificaram irregularidades na contratação da fornecedora dos kits de merenda. Foram constatados indícios de uso indevido da dispensa de licitação, superfaturamento e movimentações financeiras suspeitas entre empresas envolvidas no certame.

Além disso, há indícios de que houve o direcionamento da contratação, uma vez que a empresa vencedora não possuía histórico de fornecimento de gêneros alimentícios para o setor público e tinha sede em local desconhecido.

Esquema

O esquema criminoso envolvia servidores públicos, empresários e intermediários, que manipularam o processo licitatório para beneficiar a empresa contratada.

O levantamento bancário revelou que parte dos valores pagos pela Prefeitura foi imediatamente repassada a uma das empresas concorrentes. Também foram identificadas conexões empresariais entre os envolvidos, sugerindo uma atuação coordenada para favorecer a fornecedora.

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