
Nas imagens, fiscais retiram frutas e verduras do carrinho da feirante e as jogam na carroceria de uma picape (Foto: Reprodução)
Um vídeo que circula nas redes sociais gerou uma onda de indignação ao mostrar servidores da Prefeitura de Manaus realizando a apreensão de mercadorias de uma ambulante no Centro da cidade. Nas imagens, fiscais aparecem retirando frutas e verduras do carrinho da feirante e jogando os itens na carroceria de uma picape, o que provocou reações negativas nas plataformas digitais.
A gravação mostra a feirante, uma mulher de nacionalidade haitiana, tentando impedir a ação dos fiscais enquanto eles transferem seus produtos para o veículo. Quando chegam à picape, os fiscais viram o carrinho e despejam o restante das mercadorias.
O vídeo foi feito por uma mulher que presenciou a ação. “Eu acho muito errado. A senhora está trabalhando, não está fazendo nada de errado. Estão pegando as mercadorias do trabalhador”, afirmou.
O episódio gerou uma série de comentários de internautas que também criticaram a atitude dos servidores. “Eles vão levar para dividir para as famílias deles, é mais simples assim e rápido e sem gasto”, escreveu um usuário.
Nota de esclarecimento
Em resposta à repercussão, a Prefeitura de Manaus emitiu uma nota de esclarecimento, informando que a apreensão de mercadorias fazia parte de um processo regular de reordenamento do Centro da cidade, com o objetivo de garantir a ordem no local e valorizar os feirantes e lojistas que atuam legalmente. A nota explica ainda que a fiscalização havia realizado medidas de conscientização, alertando os ambulantes sobre a necessidade de regularização, e que apenas aqueles que insistiram em desrespeitar as normas municipais foram alvo da apreensão.
A Prefeitura também destacou que a ambulante abordada é haitiana e que já existem políticas de inclusão para migrantes e refugiados, como a “Feira do Migrante”, situada na Rua Rocha dos Santos, no Centro, que oferece um espaço destinado a ambulantes de outras nacionalidades. Além disso, refugiados têm acesso a programas sociais, como o Bolsa Família.
Por fim, a Prefeitura esclareceu que quaisquer excessos cometidos pelos servidores não são aprovados pela gestão e que medidas administrativas serão adotadas, incluindo uma revisão dos procedimentos de abordagem pelas equipes de fiscalização.
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