Promotor de Justiça detalha prisão de policiais militares envolvidos em flagrante forjado e agressão de comerciante

Foto: Reprodução

O promotor de Justiça Armando Gurguel, titular da 60ª Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública (Proceapsp), falou na manhã deste sábado (14) sobre a prisão preventiva de quatro policiais militares por forjarem o flagrante de um comerciante.

Em vídeo, o promotor relatou que na manhã de hoje (14) foi dado o cumprimento de quatro mandados de prisão durante a Operação “Forja”.

O objetivo da operação foi justamente dar andamento nas investigações relacionadas ao fato de ampla repercussão na mídia local ocorrido há poucos dias.

“Foi possível ver a chegada de policiais já colocando facho de luz da lanterna na vista da pessoa abordada que se encontrava sentada naquele local e, em seguida, a pessoa foi imediatamente algemada aos gritos dos policiais”, disse o promotor sobre as imagens de câmeras de segurança encontradas sobre o caso.

No registro da ocorrência consta que essa pessoa foi levada a uma delegacia, presa em flagrante com alegação de que foi encontrada em via pública com atitude suspeita não especificada e, com ela, foram achadas porções de entorpecentes.

“E essa pessoa, inexplicavelmente, teria decidido piorar a sua situação a informar para os policiais, sem mais nem menos, onde haveria mais drogas guardadas que seriam destinadas a sua traficância”, continuou Gurguel.

Ainda segundo o promotor, essa informação não condizia com o que realmente aconteceu, levando o Ministério Público a aprofundar as investigações.

Essa pessoa, então, foi ouvida juntamente com outra que também teria sido abordada. Em depoimento, ele disse que foi levado a um lugar localizado atrás do Hospital Delphina Aziz, onde existe um imóvel abandonado e, ali, houve prática de tortura com o objetivo de angariar recursos retidos na conta bancária desse indivíduo.

Diante dessas informações e outras já coletadas, como a trajetória da viatura envolvida, foi constatada a existência desse imóvel que respalda a versão.

“Foi então endereçado um pedido da justiça pedindo os mandados de prisão, identificados os policiais envolvidos e, enfim, foram concedidos ontem ainda esses mandados e, hoje de manhã, foram cumpridos como forma de tentar afastar da sociedade enquanto ainda continuam as apurações”, finalizou o promotor.

Os policiais responderão por vários crimes, entre eles extorsão e abuso de autoridade.

Veja o vídeo:

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *