Operação da PF no Ipaam leva à exoneração de presidente e revela prejuízo de R$ 1,6 bilhão

Exoneração de diretor do Ipaam ocorre após operação da PF sobre fraudes ambientais

A demissão acontece no contexto de uma operação da Polícia Federal que investiga fraudes envolvendo servidores do Ipaam. (Foto: Reprodução)

Juliano Valente, nomeado diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) em 2019, durante o primeiro mandato do governador Wilson Lima, foi exonerado do cargo na segunda-feira (9). A demissão acontece no contexto de uma operação da Polícia Federal que investiga fraudes envolvendo servidores do Ipaam, acusados de emissão de licenças ambientais fraudulentas e outras irregularidades relacionadas ao controle ambiental no estado.

A operação, chamada Expurgare, foi deflagrada nos estados do Amazonas, Pernambuco e Rondônia. Ela é uma continuação da Operação Greenwashing, realizada em junho deste ano, que desmantelou uma organização criminosa suspeita de vender R$ 180 milhões em créditos de carbono de áreas da União invadidas ilegalmente. No novo desdobramento, a Polícia Federal apura a participação de servidores do Ipaam na emissão de licenças ambientais fraudulentas, na suspensão de multas e na autorização indevida para desmatamento, práticas que configuram graves crimes ambientais.

O Governo do Amazonas, em nota, afirmou que está colaborando com a Polícia Federal para fornecer as informações necessárias e ajudar na elucidação dos fatos. O governo reiterou seu compromisso com a legalidade e a transparência, destacando que não compactua com práticas ilícitas e que os envolvidos nas irregularidades foram afastados e exonerados de seus cargos imediatamente após o início das investigações.

A exoneração de Valente, que estava no comando do Ipaam desde 2019 e teve seu cargo mantido no segundo mandato do governador Wilson Lima, ocorre em um momento delicado, em que a gestão ambiental no estado é alvo de escrutínio. A operação Expurgare reflete a crescente pressão sobre a atuação das autoridades ambientais no Amazonas, especialmente em um contexto de fiscalização mais rigorosa sobre crimes ambientais, como o desmatamento ilegal e a manipulação de licenças ambientais.

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