
O Complexo do Azulão, operado pela Eneva, abastece com gás natural a usina termelétrica Jaguatirica II, responsável por 70% do abastecimento de Roraima. Foto: Divulgação
A Eneva S.A divulgou um ofício, na quinta-feira (28/11), em que faz um alerta ao governo federal sobre o risco de apagão em Roraima. A empresa opera o Complexo do Azulão, que abastece com gás natural a usina termelétrica Jaguatirica II, responsável por 70% do abastecimento do estado.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) analisa uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) que pede a interdição da área onde a empresa opera, nos municípios de Silves e Itapiranga, no Amazonas, por suspeita de existência de indígenas isolados.
Segundo a Eneva, caso a Funai decida por interditar a área, Roraima pode sofrer um apagão, já que é o único estado no país fora do Sistema Interligado Nacional. O Amazonas também sofreria um grande impacto social e econômico, com a perda de um grande número de empregos e queda de arrecadação nos municípios.
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que prepara uma avaliação técnica para enviar à Funai sobre a importância do Complexo do Azulão para a garantia do abastecimento energético de Roraima. Também afirmou que não existe até o momento qualquer decisão administrativa ou judicial que impeça a operação do Complexo do Azulão para a produção de gás natural na região.
Já a Procuradoria Geral do Estado de Roraima (PGE-RR) informou que acompanha os desdobramentos sobre a possível interrupção do gás natural para a usina Jaguatirica II. Segundo a PGE, o órgão “está preparado para adotar todas as medidas legais cabíveis” para garantir o abastecimento energético.
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