Caso Djidja: seita ‘Pai, Mãe, Vida’ é fruto de alucinações provocadas por droga, diz advogada

Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso Neto, mãe e irmão de Djidja Cardoso, seriam os fundadores da suposta seita. Fotos: Reprodução

Durante coletiva de imprensa na manhã deste domingo (2), as advogadas Lidiane Roque e Neuzila Campos negaram que Ademar Cardoso Neto, 29, e Cleusimar Cardoso, 53, irmão e mãe da ex-sinhazinha do Boi Garantido Dilemar “Djidja” Cardoso, sejam os líderes da seita “Pai, Mãe, Vida”, em cujos rituais seria usada a droga ketamina.

Neuzila Campos afirmou que a suposta seita é fruto de “alucinações” dos acusados causadas pelo uso de drogas. “Essa parte é extremamente importante porque já descarta essa questão da seita, essa questão de obrigatoriedade de fazer funcionários e esse absurdo de que até para clientes eram oferecidas drogas. Por que nós dizemos que não existe seita, nem rituais macabros? Porque todas as declarações deles e os vídeos, que infelizmente circulam na internet, e esses elementos de prova que estão no inquérito, são fruto de alucinações extremamente severas de uma droga que está destruindo famílias”, afirmou a advogada.

Amiga pessoal da família, a advogada Lidiane Roque afirmou que chegou receber propostas para consumir drogas, mas se negou. “Sim, ela [Cleusimar] chegou a me oferecer. Quem eu presenciei que oferecia era a Cleusimar, mas nunca houve coação, nunca houve obrigação. Eu cheguei a confirmar isso com os funcionários. E eu respondi como todos os que eu questionei respondiam: Não, não tenho interesse, mas agradeço”, disse.

Lidiane afirmou ainda ter certeza de que a família nunca foi integrante de nenhuma seita. “Não existe seita. Sou testemunha ocular, sob efeito de drogas eles pregavam a filosofia prevista no livro ‘Cartas de Cristo’, mas não existia seita, não existia envolver funcionários, não existia rituais satânicos que envolvam animais, sacrifícios”, ressaltou.

Neuzila Campos também afirmou que, se a polícia tivesse chegado antes, Djidja Cardoso estaria viva: “Presa, mas viva”.

“A prisão salvou a família. E digo mais, se essa operação tivesse sido deflagrada semanas antes, a Djidja estaria viva, presa, porém viva”, afirmou a advogada.

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