Grupo criminoso é preso por promover rinhas de galo em vários estados do Brasil

Foto: Divulgação/PC-AM

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), deflagrou operação que resultou nas prisões em flagrante de Dionedio Conrado da Silva, 39; Jeberson Nunes de Sousa Carvalho, 38; Miller Kalil Lana Sirio, 44; e Petrus Cartaxo Araújo Sobrinho, 31, conhecido como “Pisca”, por promoverem eventos de rinhas de galo em vários estados do Brasil.

A ação contou com o apoio do Departamento de Inteligência de Polícia Judiciária (DIPJ/PC-AM), Núcleo de inteligência da Polícia Civil de Roraima (PC-RR), da Agência de Informações e Inteligência Policial do 8º Departamento de Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) e da Inteligência da Polícia Civil da Paraíba (PC-PB).

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (02/05), na Delegacia Geral da PC-AM, o delegado-geral Bruno Fraga destacou o êxito da operação sob coordenação da Dema, que em conjunto com as polícias civis dos demais estados, efetuou as prisões desses quatro indivíduos.

“Esses infratores organizavam rinhas de galo com o intuito de angariar vultosas quantidades de dinheiro para depois levarem esse capital, constituindo assim uma organização criminosa para angariar recursos por meio dos maus-tratos desses animais”, salientou o delegado-geral.

De acordo com a delegada Juliana Viga, titular da Dema, os suspeitos se reuniam para promover eventos de rinhas de galo em vários estados do Brasil e a divulgação ocorria abertamente pelas redes sociais. Nos dias 26 e 27 de janeiro deste ano, foi realizado um evento em Manaus, que resultou na prisão de 16 pessoas em flagrante.

Segundo a autoridade policial, as investigações continuaram e a partir de fotos e vídeos do evento foi possível identificar Dionedio, Jeberson, Miller Kalil e Petrus como os principais organizadores e promotores dessas rinhas. Eles fazem apostas on-line e vendem rifas dos galos Muras. O grupo também estava sendo investigado por realizar ameaças de morte a uma deputada estadual.

“O Dionesio mora em Manaus, ele era o árbitro da rinha de galo ocorrida no dia 27 de janeiro, e se diz presidente da Associação dos Galistas. O ‘Pisca’ mora no estado da Paraíba, e é um dos maiores financiadores. Ele possui diversos galos, faz eventos no Brasil inteiro e promove apostas on-line e rifas de galos. Eles possuem uma sociedade juntamente com o Miller Kalil e Jeberson”, explicou Viga.

Foto: Divulgação/PC-AM

Ainda conforme a delegada, eles também vão responder por ameaça, injúria, calúnia, perseguição e violência psicológica contra a mulher, tendo em vista que passaram a praticar esses crimes contra a deputada estadual Joana Darc, que é a presidente da Comissão de Proteção aos Animais, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Amazonas (CPAMA-Aleam).

“A deputada é fiel depositária desses dos 80 galos e passou a ser ameaçada e perseguida. A organização criminosa chegou a criar um grupo em um aplicativo de mensagens para promover o resgate do galo mais valioso, o ‘Rampage’”, relatou a titular da Dema.

Na coletiva, a deputada Joana Darc ressaltou que essa talvez essa seja a maior operação de desmonte de rinha e maus-tratos. “A Polícia Civil deflagrou essa ação com todas as tipificações e eu fico feliz por contribuir com esse caso. Essas criminosos se aproveitam dos animais e os exploram para ganhar dinheiro”, afirmou a deputada.

Animais apreendidos

No decorrer da operação, foram apreendidos 81 galos vivos e dois galos mortos. Os animais foram encaminhados para a Comissão de Proteção aos Animais, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Aleam. As aves estão vivendo em um santuário e estão passando por um processo de ressocialização.

Prisões

Dionedio foi preso no bairro Monte das Oliveiras, zona norte de Manaus; Jeberson foi preso em Boa Vista (RR); Miller Kalil em Governador Valadares (MG) e Petrus foi preso em João Pessoa (PB).

Os indivíduos irão responder pelos crimes de maus-tratos a animais com resultado morte, associação criminosa, exploração de jogos de azar, incitação ao crime, apologia ao crime, ameaça, injúria, calúnia, perseguição e violência psicológica contra a mulher.

Eles passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição do Poder Judiciário.

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