Vendedor de armas do PCC e CV é preso pela Interpol na Argentina

Vendedor de armas do PCC e CV é preso pela Interpol na Argentina

Diego Dirísio com policiais após prisão na sexta-feira (2). (Foto:Divulgação/Interpol)

A Polícia Internacional (Interpol) prendeu ontem (2) na Argentina um dos traficantes de armas mais procurados da América Latina, o argentino Diego Hernán Dirisio, sob investigação no Brasil por abastecer o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho.

Dirisio foi detido em Córdoba com sua companheira, a ex-modelo Julieta Nardi. Os agentes da Interpol os capturaram em Cerro Las Rosas, bairro da zona noroeste da cidade, a 696 km de Buenos Aires.

A investigação teve início na Bahia. Após a prisão, a Interpol comunicou a captura à Polícia Federal baiana, responsável por descobrir o tráfico internacional que fornecia armas às organizações criminosas brasileiras.

A Polícia Federal brasileira confirmou a prisão. “A PF foi consultada e confirmou ser ele um procurado de alta sensibilidade”, diz em nota. “Todo o trabalho investigativo e a prisão do fugitivo foram realizados pela polícia argentina.”

Dirisio e a mulher fugiram do Paraguai em novembro de 2023. O traficante já suspeitava de que a Polícia Federal brasileira estava em seu encalço e, por isso, se estabeleceu em Córdoba até a prisão de ontem. A expectativa é de que a Justiça argentina decida se ele será extraditado para o Brasil, “procedimento que pode demorar”, segundo o jornal argentino La Nación.

Mais de R$ 1 bilhão em armas

O traficante importou 230 milhões de dólares em armas, ou R$ 1,1 bilhão em valores de hoje. A Interpol estima em mais de 43 mil as pistolas e fuzis importados da Turquia, Sérvia, República Checa e Eslovênia. Para isso, o traficante usaria a empresa Internacional Auto Supply S.A, diz o jornal.

Dirisio subornava militares. Ele é suspeito de pagar subornos milionários a militares da Diretoria de Material de Guerra, responsável pelo controle de armas no Paraguai.

Após chegar ao país vizinho, o armamento chegava ao Brasil. As armas tinham seus números de origem alterados em Ciudad del Este, na fronteira com o Paraná, e desviadas para o PCC e Comando Vermelho.

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