Ato nacional por Julieta, em Figueiredo, terá bicicletaço em 13/01. Saiba mais sobre acusados

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No próximo sábado (13/1), o ato nacional “Julieta Presente!” será realizado para pedir justiça pela artista venezuelana Julieta Hernández, criadora da “Palhaça Jujuba”, que foi assassinada aos 38 anos, no dia 23 de dezembro do ano passado, em Presidente Figueiredo (distante 146 quilômetros de Manaus).

No Amazonas, a concentração do ato será na Praça da Cultura, em Presidente Figueiredo, às 16h. A partir das 17h, um bicicletaço e caminhada sairão da praça com destino ao Parque do Urubuí.

A organização pede aos participantes que, se possível, participem caracterizados, levem apitos e usem roupas coloridas.

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Acusados

Thiago Agles da Silva, 32, e Deliomara dos Anjos Santos, 29, acusados de matar Julieta, estão em prisão preventiva. Os dois são soropositivos e três dos cinco filhos deles também, conforme fonte da polícia.

Os cinco filhos do casal foram enviados para Boa Vista, Roraima, pelo Conselho Tutelar de Presidente Figueiredo, para ficarem sob a guarda de parentes.

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O caso

Na manhã de quinta-feira (4/1), um Boletim de Ocorrência (BO) sobre o desaparecimento de Julieta Inés Hernández Martínez foi registrado na Delegacia Virtual do Amazonas (Devir). O BO informava que o último contato da artista com a família teria sido no dia 23 de dezembro, por volta de meia-noite e meia, quando ela teria dito que iria pernoitar em Presidente Figueiredo, e seguiria para Rorainópolis, em Roraima.

“Diante dessa informação, nós nos deslocamos até as pousadas da região, a fim de obter notícias sobre o paradeiro dela. Já na manhã de sexta-feira, fomos até o refúgio e localizamos Thiago, que disse que a mulher havia pernoitado no local e seguido para a rodovia”, relatou Valdinei Silva, titular da 37ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Presidente Figueiredo.

De acordo com o delegado, no mesmo dia, um morador localizou partes da bicicleta da vítima e acionou a polícia. Quando a equipe chegou ao local, Thiago tentou fugir, mas foi capturado. Ele e a esposa foram conduzidos à delegacia e entraram em contradição nos depoimentos, e assim confirmaram a autoria do crime.

Foi solicitado apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) com os cães farejadores que deram apoio às buscas e o corpo foi encontrado em uma cova no quintal do refúgio, além de outros pertences.

“A vítima estava dormindo em uma rede na varanda do local, quando Thiago pegou uma faca e foi até ela para roubar seu aparelho celular. Eles entraram em luta corporal, ele a enforcou, a jogou no chão e pediu que Deliomara amarrasse os pés dela. Em seguida, ele a arrastou para dentro da casa, pediu que a esposa apagasse as luzes e passou a abusar sexualmente da vítima”, detalhou o delegado.

Após a mulher dele presenciar o fato, jogou álcool em ambos e ateou fogo. Thiago conseguiu apagar o fogo com um pano molhado e foi até uma unidade hospitalar receber atendimentos médicos. Já a infratora enforcou Julieta com uma corda e a enterrou no quintal.

A identificação do corpo foi realizada por meio do procedimento de necropapiloscopia, pelo Instituto de Identificação Aderson Conceição de Melo (IIACM) com apoio da equipe técnica do Instituto Médico Legal do Amazonas (IML).

Crimes

Thiago e Deliomara responderão por ocultação de cadáver, latrocínio e estupro, e ficarão à disposição do Poder Judiciário.

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