A lixeira poluidora e a saída do general Mansur

A lixeira poluidora

A lixeira poluidora está ameaçando de morte o Tarumã e Manaus exige respeito

O Panavueiro desta semana, no Amazonas, gira em torno de assuntos urgentes. Os do título, a lixeira que ameaça o rio Tarumã e a mudança na segurança amazonense, são apenas o começo. Tem muito mais. Houve mudança na Seduc, a obra na AM-010 avança, a pesca esportiva em Rio Preto da Eva está ameaçada, Rossy Amoedo avança na gestão do Caprichoso e a eleição do Garantido esquentou de vez. Vamos lá:

 

A lixeira poluidora

A Marquise, empresa que coleta lixo em Manaus, tem um lixão que está contaminando as nascentes do igarapé do Leão. Trata-se de um dos principais tributários do Tarumã. É incrível: a Justiça faz enorme esforço para retirar os flutuantes do Tarumã e o rio é poluído, acintosamente, sem reação.

 

A lixeira poluidora (2)

O estabelecimento da lixeira da Marquise se deu com o uso da Lei da Passagem Forçada, porque o terreno não tem acesso à BR-174 (Manaus-Boa Vista). Essa lei permite abertura de via com quatro metros, mas os vizinhos se queixam de que foram abertos 12 metros. E houve uso de capangas, para intimidá-los, durante a obra.

 

A lixeira poluidora (3)

A lixeira polui as nascentes do igarapé do Leão. Ponto. Isso é suficiente para que os órgãos de preservação ambiental a fechem. O resto é acessório, mas tudo absolutamente inadmissível.

 

A saída do general Mansur

Carlos Alberto Mansur, general de divisão do Exército Brasileiro e ex-comandante do Comando Militar da Amazônia (CMA), não é mais secretário estadual de Segurança do Amazonas. Ele foi demitido e em seu lugar entrou o agora ex-comandante da PM coronel Vinícius Almeida. O coronel Klinger Paiva é o novo comandante da PM.

 

A saída do general Mansur (2)

A saída do general não foi pacífica. Primeiro, o governador demitiu todos os assessores mais próximos dele. Há meses. Depois, o general sustou a frota de viaturas com as quais saía e voltava para casa, desfilando pela cidade. Finalmente, uma operação do Ministério Público do Amazonas (MPAM) e da Polícia Federal cumpriu busca e apreensão na casa dele e do filho Vitor.

 

Houve prisão do general?

Houve especulação de que o general teria sido preso e liberado mediante fiança. O que houve é que, durante o cumprimento da busca, foi encontrada uma pistola 9mm em posse dele, sem documentação. Foi lavrado o flagrante, o general pagou uma graninha de fiança e vai responder pelo crime em liberdade. Mas atenção: general tem direito ao porte de arma, só que a posse precisa ser registrada, o que Mansur não fez.

 

Mudança na Seduc

Calma. A secretária Kuka Chaves se mantém titular da Seduc. O que mudou é que o Padeam se tornou secretaria. A secretária, que já era coordenadora do programa, é a ex-deputada Terezinha Ruiz. Padeam é o Programa de Aceleração do Desenvolvimento da Educação do Amazonas. Terezinha se torna secretária da Unidade de Gerenciamento do Padeam.

 

SouManaus Passo a Paço

Virou polêmica a cobrança de ingressos no SouManaus Passo a Paço 2023. Parece que o mundo esqueceu que o Festival de Parintins, o Carnaval do Rio de Janeiro e zilhões de outros eventos “públicos” são assim: criam-se zonas especiais, para cobrar, e liberam-se outras, grátis. No mundo capitalista, como no capitalismo.

 

Rossy no Caprichoso

Rossy Amoedo pode se transformar na oxigenação que o Festival de Parintins tanto precisa. Artista consagrado, amigo dos principais carnavalescos do Rio de Janeiro, promete inovar na apresentação do bumbá. O Festival de Parintins, convenhamos, é uma maravilha, mas a fórmula do espetáculo está batida, antiquada, sem novidade para aquele público fanático que está lá todos os anos. Rossy criou o “Departamento de Efeitos Especiais” no Caprichoso e garante novidades na arena. Se fizer isso e mantiver o rigor administrativo do ex-presidente Jender Lobato, que saiu por cima, palmas para ele.

 

A eleição no Garantido

Adelson Albuquerque, Flávio Farias, Fred Góes, Ronaldo Macedo e Ida Silva concorrem à presidência do Garantido. Fred ainda conversa e pode ser vice de Ronaldo. O sucessor tem, como principal desafio, desfazer a péssima imagem deixada pelo presidente deposto, Antônio Andrade. A eleição está confirmada, pelo presidente interino, Adson Silveira, para dia 1º de outubro.

 

Glocal Experience, Rede Amazônica e uma grana preta

A Glocal Experience Amazônia, ocorrida de 26 a 28 de agosto, levou tanto dinheiro do Governo do Estado quanto o Festival de Parintins. De um lado, uma festa centenária e tombada pelo Iphan. De outro, um evento promovido pela Fundação Rede Amazônica, uma cereja do bolo da Cop-30/ 2025, que acontecerá em Belém (PA). Haverá desdobramento da Glocal no Rio, de 5 a 8 de outubro. O valor do patrocínio? R$ 10 milhões. Somados a mais R$ 4,6 milhões, para divulgar o Festival de Ópera, já são R$ 14,6 milhões liberados para a Rede Amazônica. Levando-se em conta a cessão gratuita de Teatro Amazonas, Palácio da Justiça etc. etc. etc. é casa, comida e roupa lavada.

 

Recuperação da AM-010

A obra da rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara) caminha a todo vapor. Do KM-120, até Itacoatiara, a estrada já é um tapete. Nos próximos dias deve ser asfaltado o trecho até o KM-110. O problema é que, do KM-110 até Manaus, a estrada está muito esburacada. Pode-se dizer “empanelada” porque são panelas enormes, buracos que atravessam a via. Manutenção é parte do contrato em obras assim ou a própria construtora esburaca o resto com suas máquinas. É só cobrar.

 

Rio Preto da Eva e a pesca esportiva

Rio Preto da Eva é, hoje, um dos melhores locais para a pesca esportiva do tucunaré. Fica perto de Manaus e tem os peixões que pescadores ambicionam. A Prefeitura local resolveu interferir, a pretexto de preservar o pescado e evitar depredação. Só que optou por cobrar uma taxa, R$ 30 por pescador, e nada faz pela preservação. Pior, não há fiscal no rio, continua a prática da pesca com isca viva (extremamente danosa) e o abate de exemplares preciosos. Outro dia, segundo os guias, um grupo manauara abateu um tucunaré de 12kg, capturado com isca viva. Era um peixe precioso. Um troféu que valorizaria demais o rio e acabou na panela. O prefeito Anderson Sousa anda pisando feio na bola. Aliás, dá nele bola!, como diz o narrador Paulo Andrade, da ESPN.

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