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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) se pronunciou, nesta quarta-feira (19), a respeito da multa aplicada pelo órgão ao influenciador amazonense Agenor Tupinambá, que faz sucesso nas redes sociais mostrando a rotina ao lado da capivara Filó. O instituto afirmou que “animal silvestre não é pet” e ressaltou que criar esses animais em casa é proibido pela legislação brasileira.
O órgão informou que autuou Agenor com base no Decreto nº 6.514/2008 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). Segundo o Ibama, o influenciador foi multado por “práticas relacionadas à exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais”. Ao todo, as multas aplicadas somam R$ 17.030,00.
Ainda em nota, o Ibama afirma que o soube do caso após a morte de um bicho-preguiça que Agenor criava em sua propriedade em Autazes, no interior do Amazonas. Os agentes encontraram ainda um papagaio e uma capivara. O influencer não tinha autorização legal para manter os animais em sua posse.
Além da multa, Agenor deve retirar os vídeos sobre os animais de suas redes sociais, assim como entregar o papagaio e a capivara a um centro de triagem do Ibama, situado em Manaus.
“É importante salientar que além de ser crime manter animais silvestres irregularmente, a exposição de espécimes silvestres como pets em redes sociais, estimula a procura por esses animais, aquecendo o tráfico de espécies da fauna brasileira”, alertou o órgão.
O caso de Agenor e da capivara Filó repercutiu nas redes sociais e ganhou a simpatia de políticos do Amazonas, como a deputada estadual Joana Darc, o vereador de Manaus Rodrigo Guedes e do prefeito de Autazes, Andreson Cavalcante. A equipe jurídica de Darc trabalha para anular as multas e impedir a retirada dos animais da propriedade de Agenor. Rodrigo Guedes chegou a enviar um e-mail para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para que ela reavalie o caso junto ao Ibama.
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