
Rabeta e motor de popa elétricos para melhorar a qualidade de vida do caboclo
Um barco e um flutuante explodiram, domingo (26/03). Foi no Lago do Maçarico, na entrada do rio Juma. Gasolina, armazenada e vendida em baldes plásticos, incendiou. Houve vítimas graves. O acidente expõe uma faceta do abandono em que vivem os ribeirinhos.
A gasolina se tornou fundamental, na vida às margens dos rios, como nos centros urbanos.
Os pescadores que, no passado, remavam 15, 20 dias, para chegar aos lagos, hoje utilizam rabetas ou motores de popas mais potentes. O tempo gasto foi reduzido, drasticamente, mas a dependência da gasolina se tornou quase total.
O multibilionário sul-africano Elon Musk, que vive fazendo juras de amor ao Amazonas, podia ajudar na solução. Ele tem sido a locomotiva dos motores elétricos, na indústria automobilística. A maior parte dos seus bilhões veio daí.
Elon Musk podia, facilmente, adaptar as rabetas e os motores de popa, até 40hp, à nova fonte.
A maioria das casas ribeirinhas está ligada à rede de energia, via programa Luz para Todos. Esses brasileiros, no lugar de viver para ganhar “o da gasolina”, poderiam se abastecer sem maiores custos ou a custo muito mais baixo. E, fundamental!, sem correr o risco de ficar sem o precioso combustível, na hora de uma emergência.
Venda de gasolina clandestina existe aos milhares, no beiradão amazônico. Impossível fiscalizar e cruel combater. Quem ainda não ficou “no prego”, navegando em nossas águas, e se serviu dessa gasolina? E onde o caboclo iria abastecer, se os postos estão distantes, nas sedes municipais, e os chamados “pontões” são raríssimos?
É daí, dessa exclusividade e do risco, que vêm os preços exorbitantes, de até R$ 9 ou R$ 10 o litro.
Fala-se em meio-ambiente e ecologia, sem apontar caminhos que mexam com a vida do caboclo ribeirinho, o verdadeiro herói da Amazônia.
Em tempo: a Mercure lançou, em recente boat show, em Miami, uma versão de motor de popa elétrico. Parceria com a empresa podia ser um caminho.
Rabeta e motor de popa até 40hp movidos a energia elétrica, abastecidos na tomada. A demanda seria explosiva. Os governos podiam ajudar, com subsídios. A indústria ganharia na escala, uma vez que esses motores são correntes no mundo inteiro. Eis aí uma revolução ambiental e ecológica, com significativo alívio na atribulada vida ribeirinha.
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