Fórum se prepara para receber pessoas com deficiência acompanhadas de cão-guia

O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª região – Amazonas e Roraima (TRT-11) promove em parceria com a Escola Judicial (Ejud-11), o treinamento dos servidores e magistrados lotados no Fórum Trabalhista de Manaus (FTM) para atender portadores de deficiência visual, acompanhados de cão-guia. Há ainda a possibilidade da utilização de cão de assistência emocional para as pessoas que necessitarem desse apoio. O projeto visa a capacitação e promoção de um ambiente judicial igualitário a todos.

O treinamento  começou no mês de julho com os servidores e terceirizados do setor de segurança, saúde e ascensoristas. Eles receberam as instruções do médico veterinário Rogério de Andrade e da psicóloga Valéria Leite. Gaya, o cão da raça pastor-belga-malinois,  participante do projeto ainda está em treinamento, mas já desenvolve as funções de assistência ao deficiente visual.

O animal participou de uma audiência encenada com a juíza do trabalho da 4ª VTM Carla Priscilla Silva Nobre, que disse ter sido uma experiência somatória: “Aprender a como receber e oportunizar o ambiente ao usuário de cão-guia foi de grande valia a todos os servidores e a mim como magistrada, essa ação é importante para que cada vez mais possamos melhorar o atendimento a quem precisa da justiça do trabalho”.

O médico veterinário, adestrador responsável pelo treinamento, mostrou na prática as atividades de auxílio ao tutor e falou sobre as funções do cão-guia: “o cão é a extensão do corpo do usuário, ele consegue chegar até a porta, desviar de obstáculos mesmo os aéreos, encontrar pessoas e assentos. Mas não se deve tocar no animal enquanto ele está em ação, e é importante não fazer perguntas e não alarmar esse momento. Aja com naturalidade”, frisou.

O fórum não tem registros de atendimentos a tutores e seus cães-guias. Segundo a servidora Kathleen Mesquita isso não impediu que a ação fosse realizada pensando sempre em preparar o ambiente para quem necessita de acessibilidade. “A acessibilidade é muito ampla, pensamos inicialmente em palestras e cursos, mas definimos o treinamento com os cães para aproveitar que as audiências estão sendo virtuais, e o fluxo de pessoas no Fórum está pequeno, resultando em maior aproveitamento aos participantes desta ação”, concluiu.