O Festival Folclórico de Parintins já tem o maior público de todos os tempos para ver Caprichoso e Garantido. Isso está em documentos oficiais, como o comunicado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sobre a reabertura do porto da cidade, que prevê a chegada de 15 mil pessoas por lá. E os empreendedores parintinenses aproveitaram para criar estrutura capaz de surpreender até gostos mais refinados.
Chefs, com formação em gastronomia, se encarregam de refinar o cardápio. É o caso do gaúcho Gustavo Passanelli, de ascendência italiana, que toca a Pizzaria Forno a Lenha (rua Antônio Santiago, 2261, bairro São Vicente de Paula). Conhecida como “a pizzaria da Mariana”, referência à esposa dele, dentista, tem ganhado fama de competir, em qualidade, com as mais badaladas pizzarias paulistanas.
“O 3S Bistrô é surpreendente. Uma comidinha clássica e de qualidade”, garante o ex-vereador Henrique Medeiros. “Fico surpreso com as coisas que Parintins ganhou”, enfatiza, mesmo hoje morando em Manaus e estando constantemente na cidade.
O restaurante Viva, atrás do Bumbódromo, oferece cozinha internacional. Fora os diversos selfservices espalhados pela cidade.
Ferries
O transporte de passageiros para o Festival, que antes era feito nos barcos regionais, de madeira, também se modernizou. As embarcações agora são enormes, no estilo ferry boat. Uma delas, vinda de Manaus, trouxe mil passageiros. Outra, de Santarém-PA, aportou na Ilha com 800 turistas.
A orla da cidade que, antes da parada na pandemia, deixou de apresentar aquela pujança de barcos, voltou a ficar sem espaço para ancorar. Não é à toa que as ruas estão superlotadas.
Pagamento sem internet
O Kwati Club, da vereadora Márcia e do empresário João Pedro Baranda, tem uma programação que vai das 13h às 19h, todos os dias, com shows de artistas dos bumbás Caprichoso e Garantido. “Depois disso é o Bumbódromo e aí a gente respeita”, enfatiza Márcia.
A grande novidade do ano é a tecnologia. Cansados de “apanhar” da Internet, sempre caótica nesta época do ano, a família investiu num sistema, netPDV, para garantir a cobrança. Hoje, o cliente “carrega” nos caixas uma pulseira e com ela realiza pagamentos em toda a área do clube ou até na arquibancada do Caprichoso, no Bumbódromo. “Há outros parceiros, espalhados pela cidade, que recebem também com a pulseira”, explica Márcia.
Em 2018, os proprietários do Kwati Club foram surpreendidos pela Coca-Cola, duas semanas antes do Festival Folclórico, anunciando que não iriam mais usar as instalações. O clube foi criado sob demanda da multinacional – e ainda leva o nome do refrigerante lançado na ocasião. A filha do casal, a médica Egreen Baranda, chamou a mãe e criou uma infraestrutura totalmente inovadora.
Este ano, em cima do laço, foram concluídas instalações para atender aos inúmeros barcos que utilizam o cais do clube para atracar. Surgiram uma piscina de borda infinita e um restaurante selfservice. Há tendas espalhadas pelo enorme terreno, com confortáveis espreguiçadeiras e banheiras individuais. Até a alagação, causada pela enchente robusta, é usada como atração: o visitante tem que transpor uma balsa sobre o que, aos olhos de quem não conhece, parece um lago artificial, mas é uma “invasão” de um braço do lago da Francesa.
Veja o v
ideo abaixo e viaje pelo Kwati Club:
Parintins, enfim, está pronta para surpreender. Mais uma vez.
Levando ao pé da letra… nossa Paris dos Trópicos…. viva Parintins!!!!