Atleta indígena do Amazonas garante vaga na Copa do Mundo de tiro com arco

Foto: Divulgação

O atleta de tiro com arco Gustavo Paulino dos Santos, 25 anos, garantiu mais uma conquista rumo às Olimpíadas de 2024. O jovem se classificou para as etapas do Mundial de Tiro com Arco, que serão realizadas na França e na Colômbia.

Na seletiva para a competição que acontecerá na França, Gustavo foi destaque e se classificou em segundo lugar, conquistando vaga na seleção brasileira. Com os resultados, o atleta confirma participação em três etapas internacionais neste ano.

Indígena, nascido na comunidade Nova Kuanã, no interior do Amazonas, Gustavo é apoiado pelo programa de Arquearia Indígena, da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e da Federação Amazonense de Tiro com Arco (Fatarco).

No início de maio, Gustavo teve sua primeira participação em uma Copa do Mundo durante a fase sul-coreana da competição, realizada em Kwangju. Ele compôs a equipe de oito atletas da seleção brasileira que disputaram a competição. Em janeiro, foi convocado para treinar com a seleção na cidade de Maricá, no Rio de Janeiro.

A Copa do Mundo de Arquearia é disputada em diversas etapas e esta foi a primeira competição da equipe brasileira neste ano. Para as próximas fases, Gustavo tem o objetivo de melhorar o seu desempenho e ranqueamento para garantir chances de chegar às Olimpíadas.

“Meu objetivo no esporte é chegar ao nível mais alto, estar entre os dois melhores do Brasil para ter chances claras. Estou treinando para cumprir as minhas metas e os objetivos do projeto da FAS de colocar um dos participantes nas Olimpíadas, agora visando Paris 2024”, afirma.

Arquearia Indígena

A valorização da cultura e da identidade dos povos indígenas do Amazonas é a maior meta do Projeto Arquearia Indígena, desenvolvido desde 2013 pela FAS, em parceria com a Federação Amazonense de Tiro com Arco (Fatarco) e o Governo do Amazonas para incentivar o esporte.

O projeto é financiado pela Bemol e tem apoio da Confederação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (Coipam), da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), da Fundação Estadual do Índio e do Ministério da Cidadania, por meio da Lei do Incentivo ao Esporte.

A iniciativa também recebe apoio via Lei do Incentivo e tem como objetivo principal promover oportunidades de crescimento e desenvolvimento aos atletas indígenas, por meio do Tiro com Arco, além de popularizar a arquearia e fortalecer a imagem e a autoestima das populações indígenas da Amazônia.

Atualmente, o projeto que está sendo executado é o “Arquearia Indígena IV”, financiado pela Bemol e conta com o apoio da Confederação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (Coipam), da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Fundação Estadual do Índio e Ministério da Cidadania, por meio da Lei do Incentivo ao Esporte. O projeto, via Lei do Incentivo ao Esporte, teve início em setembro de 2021 e beneficia cinco atletas indígenas de três povos diferentes e visa dar condições de treinamento e preparação para os jovens atletas.

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