A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês) está monitorando três formas “recombinantes” do coronavírus: XF, XE e XD.
Uma recombinação ocorre quando um indivíduo é infectado com 2 ou mais variantes ao mesmo tempo, resultando em uma mistura de seu material genético dentro do corpo do paciente.
“A recombinação é um fenômeno natural descrito em diferentes vírus como um mecanismo de mutação para trocar material genômico. Isso pode ocorrer quando dois vírus da mesma espécie, mas geneticamente diferentes, infectam a mesma célula no mesmo indivíduo”, explica Sylvain Aldighieri, médico da Organização Pan-Americana da Saúde.
A XF é uma combinação de delta e ômicron BA.1. No Reino Unido, 38 casos foram identificados, embora nenhum tenha sido detectado desde meados de fevereiro. Segundo a agência, não há evidências de transmissão comunitária no Reino Unido.
Assim como a XF, a XD também mistura delta e BA.1. Ela não foi identificada no Reino Unido, mas os cientistas seguem observando, pois 49 casos foram relatados em bancos de dados globais, a maioria na França.
Já a XE é uma mistura das duas linhagens ômicron: BA.1 e BA.2. Segundo a agência inglesa, 637 casos foram confirmados até agora e ela aparenta ser 9,8% mais transmissível do que a BA.2. No entanto, não há evidências suficientes para tirar conclusões sobre como a variante crescerá.
Susan Hopkins, consultora médica chefe da UKHSA, lembra que essa recombinação não é uma ocorrência incomum, principalmente quando existem várias em circulação. “Tal como acontece com outros tipos de variantes, a maioria morrerá relativamente rápido”, disse.
Sobre a recombinação XE, ela alertou que não há evidências suficientes para tirar conclusões sobre transmissibilidade, gravidade ou eficácia da vacina.
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