Quatro filmes protagonizados por Leila Diniz estreiam na plataforma Itaú Cultural Play nesta sexta-feira (25)

Leila Diniz em “A Madona de Cedro”, um dos filmes selecionados para a mostra do Itaú Cultural Play. Foto: Divulgação

A partir desta sexta-feira (25), quando Leila Diniz completaria 77 anos, a plataforma de streaming do cinema e audiovisual brasileiro Itaú Cultural Play estreia uma mostra dedicada à atriz. Com curadoria de sua amiga, atriz e diretora, Ana Maria Magalhães, Leila representa uma adúltera em “Homem Nu”, uma esposa virtuosa em “A Madona de Cedro” e uma corajosa aventureira no filme de faroeste “Corisco, o Diabo Loiro”.

Para completar a seleção, o documentário “Já que Ninguém me Tira pra Dançar”, que teve pré-estreia nesta plataforma, no início do ano, e agora entra em seu catálogo permanente. Sob direção de Ana Maria, mostra a vida da atriz, morta há 50 anos num acidente aéreo, em uma mescla de imagens de filmes, fotos e cenas de ficção.

Com acesso gratuito, a plataforma Itaú Cultural Play é acessível para dispositivos móveis IOS e Android, e pode ser acessada pelo site itauculturalplay.com.br.

O filme “Homem Nu” é baseado no conto de Fernando Sabino. Foto: Divulgação

Baseado no conto de Fernando Sabino, “Homem Nu” é considerado um dos filmes de maior sucesso na década de 1960. Gravado em preto e branco, traz Leila no papel da esposa de Paulo José. Um respeitável professor sê vê diante de uma imprevisível circunstância. Após uma noitada de aventuras ao lado de sambistas, ele fica totalmente nu, trancado do lado de fora do apartamento onde passou a noite com uma bela cantora. “É uma história muito divertida”, diz a curadora Ana Maria. “Vale muito a pena acompanhar essa obra do diretor Roberto Santos, produzido por um grande produtor da época, o Fernando de Barros”.

Outro grande sucesso de público, na época, “A Madona de Cedro”, de Carlos Coimbra, é a história do roubo de uma valiosa imagem barroca e as consequências desse crime em Congonhas do Campo, cidade histórica de Minas Gerais. “Essa adaptação do romance do escritor Antonio Callado reúne um elenco incrível, como Leonardo Villar, Anselmo Duarte, Jofre Soares, Cleyde Yáconis, Sergio Cardoso, além de uma deslumbrante Leila Diniz no papel de uma esposa virtuosa”, observa a curadora.

Cena do faroeste “Corisco, o Diabo Loiro”, dirigido por Carlos Coimbra. Foto: Divulgação

Em “Corisco, o Diabo Loiro”, um faroeste também dirigido por Carlos Coimbra, Leila Diniz é Dadá, uma das poucas sobreviventes do cangaço naquela época. Primeiro, ela não gostava de Corisco, interpretado por Mauricio do Valle. Mas acabou se apaixonando por ele, com quem conseguiu fugir do ataque que matou Lampião e Maria Bonita. “É sensacional ver Leila como uma cangaceira corajosa e Mauricio do Valle com aquele cabelo loiro”, indica Ana Maria. “Mas o filme se destaca, também, pelo elenco recheado de atores do calibre de João Herbert, Laura Cardoso, Antonio Pitanga, Milton Ribeiro e Jofre Soares”, completa.

Documentário

“Já que Ninguém me Tira pra Dançar” também passa a integrar a grade de filmes da Itaú Cultural Play, após ter tido sua pré-estreia exclusiva na plataforma em janeiro deste ano. No dia 2 de abril, a produção será exibida no cine L’Arlequin, como parte da programação da 24ª edição do Festival de Cinema de Paris.

Dirigido pela própria Ana Maria, o documentário mescla imagens de filmes, fotos e cenas ficcionais vividas por Leila, formando uma paleta que reafirma o posto da atriz como um ícone brasileiro. Por um lado, influenciadora de toda uma geração, por outro, rejeitada pelos generais e militares, além da sociedade conservadora vigente no país naquele período de ditadura.

“’Já que ninguém me tira pra dançar’ mostra o modo de ser e de viver dos artistas e das jovens brasileiras nos anos 60, plenos de entusiasmo e ingenuidade”, conta Ana Maria. “As novas gerações não sabem quem foi Leila, uma atriz que valorizou a verdade, a liberdade e o amor, porque acreditava que as pessoas podem realizar as suas melhores potencialidades e não as piores”.

Serviço

Itaú Cultural Play

Lançamentos a partir de 25 de março de 2022 (sexta-feira)

Em itauculturalplay.com.br

Mostra Leila Diniz

A Madona de Cedro (1968), de Carlos Coimbra

Duração: 110 minutos
Classificação indicativa: 14 anos (drogas lícitas e violência)

Corisco, o Diabo Loiro (1969), de Carlos Coimbra

Duração: 100 minutos
Classificação indicativa: 16 anos (morte intencional, mutilação e estupro)

O Homem Nu (1968), de Roberto Santos

Duração: 118 minutos
Classificação indicativa: 14 anos (nudez e agressão física)

Já que ninguém me tira pra dançar (2021), de Ana Maria Magalhães

Duração: 91 minutos
Classificação indicativa: 16 anos (conteúdo sexual, nudez e violência)

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