Controladora de voo boliviana investigada pelo desastre da Chapecoense é presa pela Polícia Federal

Celia Castedo Monasterio mora em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde o seu pedido de refúgio chegou a ser renovado. Foto: Reprodução

Celia Castedo Monasterio, controladora responsável pela análise e aprovação do plano de voo da aeronave envolvida no desastre com o time da Chapecoense, em 2016, foi presa pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (23). Ela vive refugiada no Brasil e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que seja extradidata.

No dia 29 de novembro de 2016, um avião da companhia aérea LaMia caiu no morro El Gordo, a 35 quilômetros do aeroporto de Medellin, na Colômbia. A bordo estavam 77 passageiros de um voo charter contratado pela Associação Chapecoense de Futebol, o clube de Chapecó, de Santa Catarina. A delegação da Chapecoense e jornalistas viajavam para a disputa da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional da Colômbia. Morreram 71 pessoas no desastre.

Celia é “procurada pela Justiça Boliviana para responder pela suposta prática do crime de atentado contra a segurança do espaço aéreo”, diz a sentença assinada por Gilmar Mendes. Ela teria deixado, de forma fraudulenta, de observar procedimentos mínimos para aprovação do plano de voo da aeronave, como a decolagem da Bolívia para a Colômbia sem combustível suficiente para enfrentar imprevistos.

A controloadora está refugiada desde 2016 no Brasil. Como argumento para o pedido de refúgio, ela alegou “perseguição” na Bolívia após as declarações sobre o acidente. Ela mora em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde o seu pedido de refúgio chegou a ser renovado.

Celia permanecerá reclusa em Corumbá, onde aguardará os trâmites legais para que seja entregue às autoridades bolivianas.

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