
Ocupação de Iranduba pelo crime organizado preocupa as autoridades
A ocupação progressiva dos ramais rurais do Município de Iranduba, colado a Manaus, pelo crime organizado, preocupa as autoridades. “Temos que lutar para evitar que se transforme numa nova Cidade das Luzes ou um Monte Horebe”, disse uma fonte policial do portal. Os bairros Cidade das Luzes, desocupada em 11/11/2015, e Monte Horebe, dia 28/02/2020, se transformaram em redutos do crime organizado.
O mais recente episódio de violência, em Iranduba, ocorreu durante o velório do cantor de forró Romarinho Mec, morto a tiros em Manaus. O influencer Illguinner Menezes, o Biber, amigo do cantor, estava transmitindo ao vivo o velório quando também foi morto a tiros. O fato ocorreu na vila do Cacau Pirêra.
Em maio, um pistoleiro do crime organizado matou, depois de amarrar a vítima em canoa, por este ter roubado drogas do comando.
“Nosso objetivo é evitar que a ocupação pelo crime se estabeleça e fique tão grande quanto essas duas invasões na capital”, disse a fonte. Cidade das Luzes chegou a ter 300 famílias e Monte Horebe, cujos moradores recebem auxílio-moradia do Governo do Estado até hoje, 2 mil famílias.
O problema se torna maior em Iranduba porque o Município tem 50 mil habitantes e até antes da inauguração da ponte Jornalista Phelippe Daou, sobre o rio Negro, era uma pacata cidade do interior. “Agora, os criminosos cometem os crimes em Manaus e se escondem lá”, disse a fonte.
Cidade das Luzes
O bairro Cidade das Luzes, no Tarumã, chegou a ser administrado pelo crime organizado e praticar toque de recolher. Motoqueiros armados faziam ronda noturna.
A retirada da invasão mobilizou 20 órgãos, federais, estaduais e municipais, ocorrendo no dia 11 de novembro de 2015. Cerca de 700 servidores foram mobilizados para retirar as 300 famílias. A autorização foi dada pelo juiz Adalberto Carim, da Vara Especializada do Meio Ambiente e de Questões Agrárias (Vemaqa).
Monte Horebe
A invasão Monte Horebe, inicialmente conhecida como “Cemitério dos Índios”, também na Zona Norte, chegou a ter 2 mil famílias. A retirada precisou da ação de 700 policiais. No dia 9 e 10 de setembro, o Governo do Estado pagou a 19ª parcela de auxílio moradia a esses moradores.
Um policial chegou a ser morte e teve a casa incendiada no local, antes que o governo decidisse pela desocupação.
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