Morte na canoa, em Iranduba, por suposto roubo de droga do crime organizado

Morte na canoa

Morte na canoa, em Iranduba, aumenta a vigilância sobre o Município, para que não se transforme em nova Cidade das Luzes, reduto do crime organizado. Foto: Divulgação

A polícia afirma ter esclarecido o assassinato de Alef Adriano Freitas de Moura, ocorrido dia 27 de maio, no Município de Iranduba (AM). Ele estava numa canoa, segundo a conclusão das investigações, quando foi abordado por Marcelo Bernaldo Pereira, 30 anos, o Teco, que o matou com vários tiros na cabeça. Teco foi preso nesta quarta (15/08), no bairro de São Francisco, em Manaus.

A morte está inserida na nova guerra pelo comando do crime organizado em Manaus, que tem provocado diversos assassinatos. A outra motivação é o cumprimento da lei não escrita do tráfico de drogas, que pune com a morte quem rouba drogas do comando.

 

Morte na canoa

Teco teria surpreendido Alef na canoa, amarrado e depois disparado vários tiros na cabeça da vítima.

Raul Augusto Neto, um dos delegados de Iranduba, confirmou que a motivação do crime foi o roubo de R$ 4 mil em drogas, executado por Alef. O entorpecente pertencia a um grupo do crime organizado.

“Iranduba se tornou um perigoso reduto das facções criminosas. Pela proximidade da capital, os criminosos estão se refugiando em ramais, na Zona Rural, após cometerem crimes em Manaus. A polícia está tendo dificuldades em localizá-los, mas estamos de olho”, disse uma fonte policial.

 

Cidade das Luzes

O desafio das autoridades é evitar que Iranduba, com cerca de 50 mil habitantes, se transforme num reduto do crime, como ocorreu em diversos bairros de Manaus. Os mais recentes são Monte Horebe, com 2 mil famílias, retirado em fevereiro do ano passado, por mais de 700 policiais. E Cidade das Luzes, no Tarumã, que chegou a ser administrado pelo crime organizado e praticar toque de recolher. Motoqueiros armados faziam ronda noturna.

A retirada da Cidade das Luzes mobilizou 20 órgãos, federais, estaduais e municipais, ocorrendo no dia 11 de novembro de 2015. Cerca de 700 servidores foram mobilizados para retirar as 300 famílias. A autorização foi dada pelo juiz Adalberto Carim, da Vara Especializada do Meio Ambiente e de Questões Agrárias (Vemaqa).

É isso que as forças de segurança amazonense tentam evitar em Iranduba. A “mistura” de criminosos armados com moradores tradicionais é um perigo que preocupa as autoridades.

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *