Embalados por toadas de todos os tempos, tricicleiros, lamparineiros, vaqueiros, Dona Aurora, Gigante, Pai Francisco, Mãe Catirina, torcedores, itens individuais, coletivos e boi-bumbá Caprichoso fizeram, na noite deste sábado (22), um trajeto diferente. Desta vez, por meio de transmissão ao vivo rumo à casa da nação azulada em todo o mundo, pela TV A Crítica e o canal oficial do bumbá no YouTube. O evento ficou marcado por homenagens aos ícones da história do Boi Caprichoso no palco tradicional montado no galpão central de alegorias.
O levantador de toadas Patrick Araújo interpretou a trilha sonora do espetáculo, dividida nos blocos Boi de Rua, Tradição, Pop e Tribal até a apoteose com todo o elenco da live no palco. As aparições dos itens individuais masculinos e femininos aconteceram em módulos alegóricos, lanças representativas de personagens emblemáticos do Boi de Rua do Caprichoso: o tuxaua Zeca Xibelão e o lamparineiro Lioca.
O Amo do Boi, Prince do Caprichoso, o tripa Alexandre Azevedo com o Boi Caprichoso, a Sinhazinha da Fazenda, Valentina Cid; a Rainha do Folclore, Cleise Simas; a Cunhã-Poranga, Marciele Albuquerque; e o Pajé, Erick Beltrão – que fez um clamor pelo fim do genocídio do povo Yanomami, mais uma vez atacado por garimpeiros recentemente -, evoluíram com muita alegria ao som de toadas memoráveis do bumbá.
O apresentador Edmundo Oran regeu a apresentação com a percussão da Marujada de Guerra e da banda oficial com metais. Em participação especial, o Grupo Azul e Branco, representado pelo Rei, Marquinhos e Alexandre Azevedo, entoou pout-porri de toadas antológicas. O cantor e compositor Mailzon Mendes, do Grupo Canto da Mata, foi um dos destaques da live ao interpretar a toada “Eldorado”, de 1997, com direito a coreografia.
O Corpo de Dança Caprichoso (CDC), Troup Caprichoso e grupo de bailado fizeram a cênica da apresentação dos momentos da live. Duas novas toadas do repertório do álbum “Terra: Nosso Corpo, Nosso Espírito – Volume 2” foram lançadas pelo levantador de toadas Patrick Araújo. As obras são “Quem Vai Mandar É a Multidão”, do compositor Adriano Aguiar e Uendel Pinheiro, e “Dança do Norte”, de Adriano Aguiar, Arlindinho Cruz e Humberto Rodrigues.
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