Prefeitura e Iphan discutem normativa para intervenções e plano habitacional no Centro Histórico

Foto: Arquivo/Semcom/Divulgação

Até o segundo semestre deste ano, uma normativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Amazonas (Iphan), para intervenções no Centro Histórico de Manaus, deverá estar formatada com parâmetros para proprietários de imóveis e bens na área da capital. A medida foi um dos pontos tratados em mais uma reunião de cooperação técnica entre a instituição e a Prefeitura de Manaus, via Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), com a participação de diretores e técnicos dos órgãos federal e municipal.

Para o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente, a normativa terá grande reflexo nas ações do órgão licenciador, que tem um setor específico para construções no Centro, a Gerência de Patrimônio Histórico (GPH), que promove o alinhamento com a legislação urbana em vigor: o Plano Diretor de Manaus.

“Estamos construindo um plano habitacional para o Centro, incluindo algumas estratégias, e uma delas é o aproveitamento de patrimônio abandonado para a habitação de interesse social, além de ações de reconversão de prédios existentes e sem uso”, afirma o diretor de Planejamento Urbano (DPLA), arquiteto e urbanista Pedro Paulo.

A superintendente do Iphan-AM, Karla Bitar, explica que a formatação das diretrizes na normativa deve deixar claro, para o dono do imóvel, para quem vai fazer o projeto e para o executor da obra, o que pode e não pode ser feito.

“O futuro imediato é definir o que pode e o que não pode ser feito nos imóveis. É necessário ter a compreensão do que é construir, ter respeito ao conhecimento e ao entendimento do bem, e à compreensão do bem patrimonial nos dias atuais. Tombamento não é sinônimo de engessamento”, explana.

Edificações

O Centro de Manaus é um bairro heterogêneo em termos de edificações e patrimônios. Existem os imóveis de interesse que necessitam ser preservados, pois contemplam a materialidade e são testemunhos do período áureo da borracha.

“Para esses imóveis estamos trabalhando um conjunto de regramentos para intervenções, junto à prefeitura. Para os demais imóveis também estamos normatizando, mas a forma de intervir será diferenciada. Esses imóveis, que não são tidos como de interesse de preservação, em alguns casos poderão até ser substituídos, atendendo-se a parâmetros específicos. Vamos traduzir esses parâmetros na normativa”, comenta Karla Bitar.

Na lógica de que o tombamento não é sinônimo de engessamento, o Centro Histórico de Manaus pode ter construções futuras que se enquadrem nas características e nos valores do ambiente da cidade. “Esses prédios vão contar com a ambiência cultural do centro histórico e áreas públicas de qualidade, como as praças. Isso libera o empreendedor de prever, em seus projetos, áreas sociais, uma vez que as pessoas vão desfrutar mais da cidade”.

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Portal do Marcos Santos
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.