Cantinho das casas de chá de Portugal e Inglaterra, bem ao lado da Igreja de São Sebastião

Cantinho das casas de chá

Cantinho das casas de chá, ao lado da Igreja de São Sebastião, na rua 10 de Julho, Centro de Manaus. Fotos: Marcos Santos e Tereza Cidade

A avó, Nilza, aprendeu as receitas com um monsenhor, em Tefé (AM). Depois os pais, a esposa e o sogro foram formando o manancial culinário de Luiz Façanha Filho. Primeiro ele abriu um carrinho, com pães e doces, no Vieiralves. Depois uma portinhola modesta, em frente ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea). E, finalmente, instado pelos capuchinhos de São Sebastião, alugou o prédio ao lado da igreja e nasceu a Casa Monsenhor.

Os vários tipos de quiches, empadas, pasteis de Belém, de Santa Clara e Patas de Veado, e os pães artesanais, tudo tem pegada da culinária europeia. “A tendência portuguesa é herança de minha avó, que aprendeu tudo com um monsenhor, em Tefé”, conta Luluca, como é conhecido pelos amigos.

A decoração lembra as casas de chá, uma das maiores tradições inglesas, que se espalham pelo velho continente. Se olhar para as paredes revestidas de azulejo azul, o visitante verá a influência portuguesa. E, claro, quem viu o filme vai notar a presença de “Alice no País das Maravilhas” e seus personagens.

O espaço, para completar, está emoldurado pela entorno do Teatro Amazonas. Parede com parede da igreja de São Sebastião, o vizinho do outro lado é uma tacacaria e o seguinte, o tradicional Bar do Armando. Em frente, o calçadão da Praça de São Sebastião, o Monumento à Abertura dos Portos do Brasil e o próprio teatro, completam o cenário de encher os olhos.

 

Almoço

Pães artesanais, uma das delícias da casa

Cantinho das casas de chá

Variedade é um dos fortes do café e restaurante

A Casa Monsenhor abre para o café, às 7h, exceto segunda, quando inicia as atividades às 12h, e fecha às 20h. Domingo, entre 12h e 16h, faz um intervalo.

Também serve almoço, a partir das 12h, com duas opções: o almoço expresso, com escondidinho de bacalhau, bife à parmegiana e fricassê de frango. Os valores ficam entre R$ 20 e R$ 38.

Outra opção é o “almoço do chef”, uma opção que custa R$ 50 e tem surpreendido, agradavelmente, quem experimenta. Aos sábados, a casa oferece feijoada. Por conta da pandemia, o cliente é servido no prato, mas, assim que autorizado pelas autoridades, o buffet voltará a funcionar.

Luiz Façanha Filho aproveitou a pandemia para construir e decorar a Casa Monsenhor. E abriu no dia 15 de junho.

Sucessor do dentista Luiz Façanha, um dos nomes mais tradicionais do esporte amazonense, no jiu-jítsu e na natação, Luiz Filho tem o mesmo jeitão. Bem-humorado, ele concebe os pratos, a partir da tradição familiar. Depois supervisiona tudo, sempre de olho nos vizinhos, os capuchinhos. “A gente se dá muito bem”, enfatiza. Dá para notar as influências religiosas na decoração. E o badalar do sino da igreja completa o ar bucólico da Casa Monsenhor.

Cantinho das casas de chá

Teatro Amazonas, praça e igreja de São Sebastião, além do Monumento à Abertura dos Portos, emolduram a charmosa Casa Monsenhor. O brasão (foto) traz o leão da família Façanha e outros símbolos

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