
Veja ataque de tambaquis e pirarucus, durante a alimentação. Na foto, um pirarucu ataca jaraqui na mão do criador. Foto: Marcos Santos
Tambaquis, graúdos, que se amontoam na briga pelo alimento. Pirarucus vorazes, dando o bote e tirando jaraquis das mãos do criador. O vídeo, ao final desta matéria, exclusivo do Portal do Marcos Santos, apresenta momentos raros. Muito pescador, mesmo os mais experientes, não teve a oportunidade de ver ações como essas, tão originais quanto plásticas.
O vídeo foi produzido no Amazonfish Resort, uma faixa de praia, com lago próprio, em frente a Manaus. “A gente criava para consumir, mas, aos poucos, percebemos que é mais barato deixar crescer. Dá um trabalhão manter um nível de ração elevado, fazer a despesca e repor o estoque. Agora temos tambaquis graúdos, como não se vê em cativeiro. Há até pirarucus com mais de 150 quilos, vivendo no nosso lago. Os visitantes se divertem”, diz o proprietário, Moisés Bichara.
O pirarucu é carnívoro e se alimenta de outros peixes. O jaraqui é o preferido dele e também o mais consumido, por causa da abundância. O tambaqui, herbívoro, consome frutas típicas do igapó, a floresta inundada da várzea. Em cativeiro, os criadores desenvolveram rações especiais, que o peixe se acostuma a comer.
Lotado
O Amazonfish tem 16 chalés, no espaçoso terreno, no fim de uma estradinha de barro, que sai do final da estrada de acesso aos escombros da Cidade Universitária. Fica lotado semanas antes, com reservas feitas antecipadamente.
Só para registrar: a estrada de acesso à Cidade Universitária tem quatro pistas de cada lado. A obra, abandonada, já se tornou um dos maiores monumentos brasileiros do desperdício de dinheiro público.
Para chegar ao resort, o visitante precisa agendar com antecedência. Acesse post anterior deste portal, clicando neste link, para saber como fazer.
Pirarucu e tambaqui
Pirarucu e tambaqui são as duas espécies de peixes mais apreciadas pelo amazonense. Rendem caldeiradas, assados e fritos saborosíssimos. Na natureza, em lagos próximos a Manaus, não existem há muito tempo e quando aparecem os pescadores celebram.
O pirarucu chega a até 300kg, conforme diversos registros de captura.
O tambaqui também cresce bastante, embora não tanto quanto o pirarucu. Um exemplar de quase 50kg foi capturado no Município de Pauini (AM).
As duas espécies são criadas em cativeiro. O pirarucu tem proliferado, graças ao manejo sustentável praticado em lagos como o Mamirauá (AM). Todos os anos, durante a despesca controlada, grandes exemplares são retirados e colocados à venda.
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