Prefeito anuncia vagas para indígenas no hospital de campanha: ‘não serão assolados’

Os três pacientes indígenas internados nesta sexta, entre eles uma mulher de 92 anos, da etnia baniwa, realizaram tomografia e seguiram os protocolos de atendimento para internação. Foto: Divulgação/HCM

O prefeito Arthur Virgílio Neto anunciou que o hospital de campanha municipal Gilberto Novaes, no Lago Azul, zona Norte de Manaus, já conta com uma área para atender indígenas infectados pelo novo coronavírus. Três pacientes das etnias witoto, munduruku e baniwa foram os primeiros pacientes a ocuparem a enfermaria, aberta nessa sexta-feira (23/5), com seis vagas de internação. “Não serão assolados pela Covid-19”, disse o prefeito.

Os primeiros indígenas atendidos moram na comunidade Parque das Tribos, bairro Tarumã, zona Oeste da capital.

“Entramos nessa luta para ajudar nossos irmãos indígenas e não vamos deixar que sejam assolados por essa terrível doença, que é a Covid-19. Estamos fazendo busca ativa nas comunidades indígenas da capital aos pacientes com sintomas e os direcionando ao hospital de campanha municipal, para fazer o tratamento precoce e que pode diminuir as chances de novas mortes”, afirmou o prefeito de Manaus.

Arthur Virgílio também destacou a parceria com o grupo Samel e o instituto Transire, que está levando o método da ‘cápsula Vanessa’ e o protocolo utilizado no hospital de campanha da prefeitura aos demais municípios do Amazonas.

“Claro, que é no interior que está a maioria dos índios, por isso, estamos levando o método da ‘cápsula Vanessa’ também para outros municípios do Amazonas. Esse é o propósito da campanha #SOSAmazônia, salvar a vida e a história cultural dos povos tradicionais”, ressaltou.

Leitos

O hospital de campanha conta com 162 leitos ativos, dos quais 39 UTIs. Atualmente, além dos pacientes da capital, pacientes de municípios do interior do Estado também estão recebendo tratamento na unidade municipal.

Desde o dia 8 de maio, já passaram pelo hospital pacientes vindos de municípios como Autazes, Coari, Codajás, Itacoatiara, Nova Olinda do Norte e Manacapuru.

Os três pacientes, entre eles uma indígena de 92 anos, da etnia baniwa, realizaram tomografia e seguiram os protocolos de atendimento para internação.

“Nós recebemos esses três indígenas da mesma forma que recebemos todos os pacientes, tanto de Manaus quanto do interior. É uma satisfação atendê-los com excelência e poder devolvê-los recuperados. O Amazonas é o Estado que detém a maior população indígena do Brasil, então nada mais justo que estendermos as mãos, para cuidar da saúde desses povos”, comentou Ricardo Nicolau, coordenador do hospital de campanha.

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