
Rafael confessa que matou miss quando bisbilhotou o celular dela e viu mensagens de outros homens. Os dois tinham terminado namoro
O estudante de Direito Rafael Fernandes Rodrigues, 31, teria confessado à polícia de Roraima que matou a miss Manicoré Kimberly Mota, 22. Ele teria perdido a cabeça quando viu, no celular dela, troca de mensagens com outros homens. A informação é de policiais que participaram da captura dele, em Roraima.
O delegado da polícia amazonense Paulo Martins, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), estava em Boa Vista (RR). Ele deu coletiva de imprensa ontem (15/05), ao lado do delegado-geral roraimense, Herbert de Amorim, para falar sobre a prisão. Disse que ouviria Rafael, oficialmente, somente ao chegar a Manaus.
Policiais que estiveram com o rapaz, porém, ouviram a versão sobre a morte, que ainda é extraoficial. Kimberly teria aceitado dormir na casa dele, mesmo depois de terminado o namoro, após muita insistência. Seria uma espécie de despedida do casal. Quando ela adormeceu, ele teria contado que pegou o celular dela, leu as mensagens, perdeu a cabeça e a assassinou.
Viagem
O delegado Paulo Martins está trazendo Rafael de avião. Deve ir direto, do aeroporto, para a DEHS, onde será feito o interrogatório oficial, ainda esta noite de sábado (16/05). A confissão ouvida pelos policiais de Roraima ganhará, então, caso seja confirmada, caráter oficial.
Rafael tentou uma fuga entremeada por desespero e comédia pastelão. Matou, pegou o carro e fugiu, com a roupa do corpo e sem dinheiro. Preencheu e assinou documento de controle da pandemia de Covid-19, no distrito de Jundiá, na saída do Amazonas, em Rorainópolis (RR). Capotou na BR-174, a 30 quilômetros de Caracaraí. Foi de Táxi lotação até Boa Vista e, em outro táxi, para Pacaraima.
Tentou entrar na Venezuela duas vezes e foi contido, primeiro pelo Exército e depois pela Força Nacional. Contratou dois venezuelanos para ajudá-lo e, uma terceira vez, voltou a ser contido pela Força Nacional. A fronteira Brasil-Venezuela está fechada por decreto presidencial brasileiro, por conta da Covid-19.
O rapaz chegou a ter uma carreira promissora no Direito, tendo trabalhado no Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11). Agora, além das penas pela morte de Kimberly, seguida de fuga, perdeu o pai, que se atirou sob um trem de metrô, em São Paulo.
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