
Peixes da Amazônia em tamanho e quantidade, como esses bodós, vendidos em bicicleta, e o tambaqui gigante. Ambos são de Parintins. Fotos: Zezinho Prestes
As mídias sociais, a cada período do ano, apresentam os peixes da Região Amazônica. As novas possibilidades dos smartphones permitem imagens cada vez melhores. É daí que saíram um tambaqui com tamanho recorde. Tucunarés atacando vorazmente as iscas – não podiam faltar. Os cardumes de pacu e mapará, que chegam a ser exagerados. E até enfiadas de bodó cobrindo uma bicicleta, onde são vendidas.
É o mundo dos peixes amazônicos, que encanta e deslumbra, ao mesmo tempo que entristece. É que os períodos de fartura se alternam com os de fome, como se o ciclo das vacas de José do Egito fosse anual. José, filho do patriarca judeu Jacó, traduziu o sonho do faraó egípcio, que viu sete vacas gordas sendo engolidas por sete magras: eram sete anos de fartura e sete de fome.
No Amazonas, sem capacidade de reação para armazenamento, diante de cardumes repentinos, sobra desperdício. Ficam as imagens, demonstrando o enorme potencial pesqueiro da região.
Voracidade
O aumento do número de pescadores esportivos tem trazido frustração para alguns e exigido especialização cada vez específica. Todos querem ter na linha o maior e mais brigador tucunaré. Nesses dois vídeos, fartamente distribuídos nas redes sociais, o sonho foi realizado:
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Esperança
Há imagens promissoras também.
Pescadores e autoridades se uniram, no rio Cuxipiarí, afluente do Tocantins, município de Cametá (PA). Lá havia muito desperdício do mapará, espécie que abunda na primeira quinzena de março. Agora, com trabalho de preservação e pesca controlada, a quantidade cresceu ainda mais.
Esse mesmo trabalho é feito no lago do Rei, nos arredores de Manaus, no Município do Careiro da Várzea. Mas a preservação ainda está no início e os moradores encontram certa dificuldade para enfrentar a pesca predatória.
Em Rolim de Moura e Pimenta Bueno, Municípios do vizinho Rondônia, o trabalho envolve pirarucus. Sem a bobagem de querer transformar o exotismo amazônico em bacalhau, como fez o Amazonas, os produtores ganham mercado. O peixe gigantesco chega a até 18kg em um ano. O salmão, conhecidíssimo e sempre na moda, só consegue 4kg e em dois anos.
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Veja os vídeos
A pesca do Mapará, no Pará, alcançou dimensões que permitem aos pescadores, literalmente, mergulhar no meio das redes. As imagens, que estão no Youtube, são de Tadeu Sanches. Veja:
O Amazonas também exibe fartura. No local conhecido como Três Bocas, encontro dos paranás Araçá, Mamori e Mamorizinho, o pacu domina. O cardume parece interminável. Os pescadores seriam do paraná do Janauacá. Veja:
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