
Direção da MAP deu informações sobre situações de voos. Foto: Jimmy Christian
A direção da MAP Linhas Aéreas/Passaredo esteve na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta quinta-feira (28) onde informou que o principal motivo para o cancelamento dos voos no interior do Estado foi a falta de estrutura dos aeroportos nesses locais. A informação dada pelo gestor da empresa, Eric Consoli.
O gestor esteve na Casa Legislativa, onde houve uma Cessão de Tempo à empresa, a pedido do presidente da Comissão de Transportes, Trânsito e Mobilidade (CTTM), deputado Roberto Cidade (PV), que sugeriu a “união de todos, governo, empresa, prefeituras e a Assembleia Legislativa” para que a situação dos voos ao interior do Estado seja normalizada e ampliada.
“A vinda da empresa a essa Casa demonstra a responsabilidade e interesse de resolver a situação. Vou conversar com o governador Wilson Lima e vamos marcar uma audiência pública com as prefeituras e demais interessados para que possamos, além de resolver, ainda melhorar os serviços oferecidos nos municípios”, disse Roberto Cidade. A audiência pública ainda está sem data prevista.
Falta de estrutura
Durante pronunciamento, Eric Consoli informou que o principal motivo para o cancelamento dos voos foi a falta de estrutura dos aeroportos no interior do Amazonas.
“São questões simples de resolver. Basta alguns ajustes nos aeroportos, como por exemplo, no de Eirunepé. O local precisa de uma restrição na área para impedir que animais, como gado, estejam na pista na hora de saída ou chegada da aeronave”, disse.
Cancelamento e suspensão de voos
Os voos cancelados no interior do Amazonas foram para Barcelos, Coari, Eirunepé e Tefé. Já para São Gabriel da Cachoeira, Parintins, Carauari e Lábrea, de acordo com o gestor, houve apenas a suspensão dos voos.
Sobre a falta de apoio denunciada por clientes com viagem cancelada, o gestor explicou que a comunicação é feita por email e via telefônica e poucos não conseguiram contato.
Retorno de voos
Consoli reforçou a parceria entre governo, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Secretaria Estadual de Turismo, MAP e as prefeituras. Segundo ele, os voos para Lábrea e Carauari, com aeronaves de menor porte, vão voltar na próxima semana.
“Precisamos que as cidades estejam alinhadas e prontas para receber esses voos. No plano de desenvolvimento da MAP, há previsão de mais quatro aviões para a região, em 2020”, destacou.
Força-tarefa
A deputada Alessandra Campêlo (MDB) propôs a criação de uma força-tarefa, para discutir o problema e cobrou que a Agência Nacional de Aviação Civil assuma a sua responsabilidade sobre a pauta. “A gente precisa cobrar a responsabilidade das empresas aéreas, mas a gente precisa também cobrar da Anac. Há regras que precisam ser regulamentadas, pois essas regras aéreas do Brasil são baseadas em locais como São Paulo e Minas Gerais, e no Amazonas a realidade é completamente diferente”, disse Alessandra.
Para a deputada, além do ente federal, é necessário também o envolvimento do Governo do Estado, das prefeituras do interior e da Assembleia para formação de um grupo de trabalho que acompanhe a adequação das pistas aos requisitos operacionais exigidos pela aviação.
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