
9 ‘executores’ da chacina do Compaj são ouvidos; um deles decapitou preso ainda vivo. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Entre os nove novos réus acusados de participação na chacina ocorrida no dia 1.º de janeiro de 2017, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que resultou na morte de 56 internos, estão detentos denunciados no grupo chamado de “executores” do massacre.
Eles foram interrogados nesta quarta-feira (2) na 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. Todos os denunciados foram qualificados como integrantes da facção criminosa Família do Norte (FDN), cujo objetivo, naquele dia, era exterminar membros da rival Primeiro Comando da Capital (PCC), promovendo motim, arrebatando presos e cometendo homicídios e tortura de todas as formas.
9 ‘executores’
Entre os ouvidos hoje está Alex Santos de Oliveira, vulgo “Pezão”, que fez agentes de socialização reféns, tendo efetiva participação na rebelião e nas mortes. Ele estava na tomada da Portaria 3 e entre os 33 detentos que abriram as portas para promoção do massacre, invadindo as celas especiais do seguro.
Também está na lista Alexandre Farias de Souza, o “Doido”, visto com revólver .38 e com munições. A ele foram atribuídos esquartejamentos de várias vítimas, com reconhecimento de testemunhas e arquivo fotográfico.
Alexandre Montalvão da Silva foi apontado como um dos representantes da FDN dentro do Compaj, armado, que ajudou a organizar os grupos na tomada da cadeia. Já Alexandro da Silva Brito, solado de “Garrote”, foi visto usando estoque para furar internos.
Armados
Vulgo “Alfredo”, Alfredo Carvalho de Anunciação”, conforme denúncia à Justiça, era um dos soldados do Pavilhão 3, armado de pistola. Na rebelião, ameaçou uma testemunha dizendo: “quando os manos decidirem eu vou ter o prazer de cortar a tua cabeça e jogar na quadra”.
Alison Ramos Ramirez, o “Tabatinga”, foi apontado como autor de várias mortes usando facas e barras de ferro, enquanto Allan Gabriel de Souza Queiroz responde por esquartejar vários corpos.
Decapitação
Quatro testemunhas apontaram “Chuca” ou “Jucá Doido”, Almir Nobre Teles, como membro da FDN dentro do Compaj. Ele estava armado de pistola e terçado durante a rebelião, sendo acusado de ter assassinado e esquartejado diversos internos. Ele é chamado de um dos “gerais”, ou seja, comandantes dentro do complexo.
Em um dos vídeos de câmeras de segurança, “Chuca” aparece decapitando a vítima identificada como Dheyck da Silva Castro, que ainda estaria vivo. O nono réu do grupo é Anderson César Aragão Cota Ferreira, armado, denunciado por matar vários presos na chacina.
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