Líder do governo Bolsonaro sobrevoa o Amazonas e diz que há poucos focos de queimada

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A líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional, Joice Hasselmann (PSL/SP), atendeu ao convite do vice-presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus (Codese Manaus), Romero Reis, para fazer um sobrevoo sobre a região de Tefé, nesta sexta-feira (30), e checar as condições das queimadas na Amazônia.

“Embora o maior número de focos de queimadas esteja registrado no Sul do Amazonas, optamos por mostrar à nossa colega de partido e pessoa próxima ao presidente da República cerca de um terço do território do Amazonas para comprovar que as situações divulgadas pela mídia e compartilhadas por personalidades nacionais e internacionais não refletem a nossa realidade”, pontuou o vice-presidente do Codese, Romero Reis.

“O Amazonas é um exemplo de conduta ambiental, desenvolvendo a região, mantendo a floresta em pé e gerando mais de 100.000 empregos diretos e renda através do modelo Zona Franca de Manaus, que permitiu a manutenção de 97% do manto florestal”, completou ele.

Durante a viagem de 1h40 até Tefé, a deputada Joice Hasselmann identificou poucos focos de queimada. Do alto, ela também viu pequenas áreas direcionadas à agricultura familiar já próximas do município, localizado a 575 quilômetros da capital.

“O estardalhaço da mídia e de políticos internacionais não condiz com o que encontrei. O Amazonas é um grande tapete verde. As pequenas áreas devastadas e queimadas não afetam o ecossistema como um todo. Ficou evidente que são casos pontuais, não correspondendo à histeria que se criou em torno do assunto”, disse.

No retorno a Manaus, a comitiva realizou uma coletiva de imprensa no Hotel Mercure, no Adrianópolis. Na ocasião, a deputada adiantou que pretende realizar em breve outros sobrevoos pelos estados da Amazônia Legal, como Rondônia. Ela reforçou que os órgãos de justiça e controle ambiental não serão coniventes com ações criminosas na Amazônia.

“Temos indícios de alguns focos de incêndio criminosos na região e estamos investigando isso. Quem está extrapolando o Código Florestal e fazendo queimada sem que haja respaldo legal para vai ter que se ver com a força da lei”.

Presença militar

Em Tefé, cidade com 42 mil habitantes, o Exército brasileiro conta com 1.100 militares e Tabatinga mais 1.000 militares, que atuam sob a coordenação da 16ª Brigada de Infantaria de Selva para combater ilícitos como tráfico de drogas, de animais, instalação de garimpos e delitos ambientais.

Entre os crimes contra o meio ambiente, destacam-se a retirada de madeira e queimadas ilegais. “Nosso efetivo já realizava rotineiramente essas operações em nossa área de cobertura que inclui Tefé, Coari e Tabatinga. Intensificamos nossas ações a partir do decreto presidencial de Garantia da Lei e da Ordem, publicado no último dia 23, que determinou que atuássemos também no combate à disseminação do fogo. No entanto, aqui em nossa região, não registramos nenhum dano nesta linha. Esta semana retornei de Tabatinga e não localizei nenhum foco de queimada”, afirmou o comandante da Brigada, general Carlos Feitosa.

Além de descrever as ações da brigada, o comandante pontuou as dificuldades para coibir atos criminosos. “O Amazonas faz fronteira com cinco países (Guiana, Venezuela, Peru, Colômbia e Bolívia), o que representa uma extensão de fronteira de 9.762 km. Os nossos batalhões devem vigiar e proteger cerca de 1.631 km de fronteira do Brasil, Colômbia e Peru, lembrando que o trabalho não é feito por via terrestre, mas fluvial. Temos 24.342 km de rios navegáveis, onde ao menor sinal de nossa presença, os bandidos se escondem, ficando difícil localizá-los com a pouca estrutura de que dispomos”, explicou o general.

Polo Industrial 

No encontro com os militares do Exército, o deputado federal e capitão da Polícia Militar do Amazonas, Alberto Neto, enfatizou que a continuidade da floresta em pé está ligada à manutenção do modelo de desenvolvimento econômico Zona Franca de Manaus. “Do total de nosso território, 97% estão preservados. A devastação mínima deve-se ao fato de que a população amazonense que tem emprego e renda no Polo Industrial de Manaus (PIM) não precisa cortar árvores para alimentar seus filhos. Faço aqui um apelo à deputada Joice para que interceda junto ao Congresso Nacional e ao presidente da República no sentido de sensibilizá-los quanto à manutenção dos incentivos a fim de que nossa fauna e flora continuem protegidas”, pediu.

Romero Reis lembrou que enquanto o Amazonas não dispõe de alternativas econômicas, não pode ficar sem os incentivos da Zona Franca, sob pena de se desestruturar. “É vital o desenvolvimento de novas matrizes econômicas, mas enquanto estes projetos de cinco, dez, quinze anos não amadurecem a ponto de dar retorno financeiro, temos de contar com o apoio do Governo Federal para garantimos os postos de trabalho já existentes, gerar novas ocupações e prospectar negócios futuros”, afirmou.

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