Professores e alunos continuam faltando reposição de aulas perdidas na greve, diz MP

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Foto: Divulgação/MP

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) vistoriou neste sábado (17) o cumprimento do calendário especial nas escolas que aderiram à greve, deflagrada entre os meses de abril e maio deste ano. A constatação é de que todas as unidades apresentaram algum tipo de problema, entre eles alunos faltosos e professores ausentes.

Ao todo, quatro escolas foram visitadas pelos membros do Comissão de Acompanhamento do Calendário 2019, da qual a promotora de Justiça Delisa Vieiralves, titular da 59ª Promotoria de Justiça da Educação (Prodhed),  faz parte. São elas Escola Estadual Isaac Swerner, Escola Estadual Ernesto Penafort, Escola Estadual Olha Falcone e Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue Djalma Batista.

A primeira escola vistoriada foi Olga Falcone, onde um professor havia faltado. Na escola, as principais disciplinas (Língua Portuguesa e Matemática) não tiveram aulas atingidas pela greve pois os professores dessas matérias não aderiram à greve. Atualmente, a  maior  dificuldade apresentada pelos gestores são os alunos sabatistas e os que participam de  cursos.

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Na escola Isaaac Sverner, apenas 70 alunos  estavam presentes de um total de 700. A situação foi denunciada pelo Conselho  Estadual de Educação. Alguns alunos justificaram ausência por conta de assaltos nas imediações da escola. Após o término do lanche, não houve mais aula e alguns professores relataram que a evasão escolar dos alunos foi devido ao aulão de revisão em outra escola, na mesma zona, com a condição de assinar folha de frequência para comprovar presença.

Na escola Ernesto Penafort, a denúncia foi feita pelo Sindicato dos Professores. No teor da denúncia não estavam comparecendo às reposições professores nem alunos. A escola estava vazia antes das 10h. O gestor justificou a falta afirmando que a escola funcionou somente nos dois primeiros tempos.

Na escola Djalma da Cunha, que estava cumprindo o seu primeiro sábado de reposição, professores que não participaram da greve estão repondo aula. Na ocasião, 204 alunos estavam presentes, dos 950 matriculados e 19 professores presentes, com dois faltosos sob atestado médico. Na ocasião o gestor enfatizou que está sendo registrada falta para os alunos que não estão presentes.

Explicação

A representante do Ministério Público disse que os gestores tinham de apresentar o porquê das faltas de alunos e se a ausência de professores estava dentro do planejamento.

“Professor tem de estar na sala de aula, mesmo que não tenha aluno porque eles participaram da greve, deixaram de trabalhar e receberam (os salários). Então, hoje, eles tinha de estar aqui cumprindo seus horários. Se não tem aluno, isso é uma outra coisa a resolver. A gente faz um apelo aos pais, para que façam com que os alunos estejam aqui para receber o componente curricular”, afirmou a promotora Delisa.

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1 comentário

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  1. Marcos disse:

    Greve motivada por fins políticos principalmente. Por isso foi longa . E os lideres sindicais , por motivo legal, não dão aulas.