Omar não pode viajar para o exterior, nem visitar Nejmi Aziz, diz PF

Omar não pode viajar para o exterior, nem visitar Nejmi Aziz, diz PF

Omar não pode viajar para o exterior, nem visitar Nejmi Aziz, diz PF. Foto: Divulgação

O cerco das investigações da Operação Maus Caminhos se fecha em torno do senador e ex-governador Omar Aziz, alvo da Operação Vertex, deflagrada nesta sexta-feira (19), pela Polícia Federal, no Amazonas, São Paulo e Distrito Federal.

Omar não pode viajar

Entre as medidas cautelares que  o senador deverá cumprir estão não se comunicar com os outros investigados no processo, como a esposa Nejmi Aziz e seus três irmãos, além de não poder deixar o país.

A informação foi divulgada hoje pelo delegado federal Alexandre Teixeira, durante coletiva de imprensa. A Vertex é um desdobramento da operação Maus Caminhos, que desde 2016 apura desvios de recursos públicos no sistema de Saúde do Amazonas.

Mandados

Segundo o delegado, houve mandados de busca e apreensão contra o senador. Oito mandados de prisão temporária foram cumpridos em Manaus, durante a operação Vertex, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e pertinência à organização criminosa. Um outro mandado de prisão foi cumprido no Distrito Federal.

Carros de luxo e bens de alto valor foram apreendidos, mas o volume de bens não foi divulgado. A investigação foi desmembrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da Operação Maus Caminhos, em razão de indícios detectados de recebimentos de vantagens indevidas por um ex-governador, que por exercer o cargo de senador, poderia ter direito a foro privilegiado no STF.

Governador na época

Em razão do entendimento do Supremo Tribunal de que foro por prerrogativa de função conferido aos deputados federais e senadores se aplica apenas a crimes cometidos no exercício do cargo e em razão das funções a ele relacionadas, o ministro Dias Toffoli determinou a remessa da investigação ao juízo de 1a instância, sendo que em janeiro de 2019 a investigação foi retomada.

Para a Polícia Federal, os indícios de crimes praticados ocorreram quando o ex-governador exercia o cargo no Poder Executivo. Entre as vantagens indevidas de que se tem suspeita, teria havido entregas de dinheiro em espécie ou por meio em negócios simulados ou superfaturados, a fim de ocultar a entrega de dinheiro dissimulado por meio de contratos de aluguel e de compra e venda.

Maus Caminhos

A investigação está diretamente relacionada com as outras fases da Operação Maus Caminhos, sendo elas a Operação Custo Político, Operação Estado de Emergência e Operação Cashback.

O nome da operação é é sinônimo da palavra vértice e significa o ponto mais alto, o ápice, correspondendo ao alcance da investigação, que reuniu indícios robustos da prática de crimes pelo governador à época da criação da organização criminosa formada em torno do Instituto Novos Caminhos.

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