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O aumento do número de casos de Vírus da Influenza A (H1N1), que já somam 72 confirmações no Amazonas, fez a procura pela vacina aumentar, mesmo se o cidadão tiver que pagar. No Estado, 21 pessoas já morreram por conta da doença, que teve surto há dez anos no País.
“A procura está bem grande, para adultos, crianças, todos querendo a vacina”, afirma a médica Amanda Alecrim, sócia-proprietária da Vacinar Centro de Vacinação.
A Vacinar oferta dois tipos de vacina contra a Influenza: a trivalente, que protege contra um vírus H1N1, um H3N2 e um vírus do tipo B2; e a quadrivalente, que além dos vírus H1N1 e H3N2, protege contra dois vírus do tipo B2.
Enquanto a trivalente custa R$ 100, a quadrivalente é cobrada entre R$ 130 e R$ 150. A previsão é que a vacina chegue na Vacinar na próxima quarta-feira (13).
Qualquer pessoa com idade a partir de 6 meses pode receber a vacina contra a Influenza, desde que não tenha tido reação alérgica grave à vacina ou a algum componente dela, diz Amanda Alecrim.
O recomendado é manter a imunização contra a doença anualmente. “O vírus sofre mutações genéticas e, com o passar do tempo, dos meses, vamos perdendo os anticorpos. Então é necessário se vacinar todo ano. Na verdade, nem precisa esperar os 12 meses completos”, explica.
Sintomas e transmissão
A Influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, caracterizada por febre alta de início súbito, acompanhado por intensas dores musculares e articulares, dor de cabeça, dor de garganta e coriza. Os sintomas podem evoluir para falta de ar e outras complicações respiratórias.
As pessoas que possuem algum fator de risco para complicações ou alguma imunodeficiência possuem um risco maior e podem apresentar complicações respiratórias associadas à infecção viral.
A gripe é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente, ao falar, tossir e espirrar. Pelas mãos, o vírus também é propagado através do contato direto ou contaminando superfície e objetos.
A edição nº 6 do Boletim Epidemiológico da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Estado do Amazonas, divulgado na última sexta-feira, pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), aponta que foram notificados 318 casos da síndrome gripal grave no Estado. Do total, 72 são positivos para o H1N1 e 45 para o Vírus Sincicial Respiratório (SRV).
O boletim informa, ainda, que já são 21 mortes por H1N1 em todo o Amazonas, sendo 17 em Manaus, duas em Manacapuru, uma em Parintins e uma em Itacoatiara. Outros quatro óbitos foram confirmados por Vírus Sincicial Respiratório, sendo três de Manaus e um de Borba. Desta vez, o boletim aponta um óbito em Manaus por Parainfluenza tipo 3.
Em 2009, o Brasil enfrentou um surto de H1N1 e 2 mil pessoas morreram em todo o território nacional, conforme dados do Ministério da Saúde (MS).
Por Marcos Santos
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