
Ranking Parintins cadastra tucunarés com mais de 50 centímetros, numa iniciativa de Aldson Leão (foto) e Alberto Figueiredo

Médico cirurgião-urologista Alberto Figueiredo (foto) foi um dos idealizadores do ranking
Pesque e solte, a máxima dos pescadores esportivos, se tornou modalidade obrigatória para um grupo de parintinenses. Nasceu entre eles o Ranking Parintins, que está registrando matrizes com mais de 50 centímetros. A iniciativa foi do médico urologista Alberto Figueiredo e do bancário Aldson Leão.
Participam pescadores de parintinenses que pescam, além de Parintins, em Barreirinha, Boa Vista do Ramos e Nhamundá, onde há lagos de pesca do tucunaré.
“O peixe é medido com a régua oficial da Amazon Top e depois volta para a água, que é o lugar dele”, explica Aldson. Amazon Top é o nome do maior grupo de pesca esportiva do WhatsApp. O grupo participa da campanha por “cota zero”, isto é, proibição completa de abate do tucunaré. E também promove cotas para efemérides, como Natal e Dia das Crianças, nas comunidades ribeirinhas onde há pesca.

Grandes tucunarés fazem a festa dos pescadores esportivos, como o empresário do ramo de alimentos Franciney Nakauth (foto)

Pescador esportivo, como o funcionário público Levy (foto), vibra tanto com a pesca quanto com a soltura do peixe
O Ranking Parintins já catalogou 41 exemplares, entre 50cm e 71cm, da espécime vazzoleris.
A premiação está programada para este fim de ano, reconhecendo Maiores Peixes e a Maior Metragem de 2018. “Este ano contamos com a parceria da Sucuri Pesca e Aventura para premiar os campeões”, revela Aldson.
Consciência
Os grupos de conscientização, que promovem o pesque e solte, surgiram com a constatação de que o tucunaré começava a rarear. Houve aumento do número de pescadores esportivos e os profissionais atacam os cardumes com arrastões, principalmente nos períodos de vazante.
As campanhas de preservação do tucunaré ganharam força a partir da constatação da cadeia econômica que o peixe gera. Desde as lojas de pesca, que vendem equipamentos como carretilhas, molinetes, fly e iscas artificiais, até os caboclos piloteiros, todos ganham. Uma diária de piloteiro está sendo paga entre R$ 100 e R$ 200.
Pilotar para os pescadores, que se deslocam de Manaus e até do exterior, se tornou das principais atividades dos ribeirinhos. A atividade cria network de onde saem de atendimento hospitalar a ajuda jurídico-financeira em geral.

Pescador vibra quando os “brutos” arrastam as iscas artificiais, como esse nas mãos do empresário de postos de gasolina Ivaildo (foto)

O maior exemplar do ano no Ranking Parintins, com 71cm, nas mãos do dono de financeira Marcelo (foto)
“O ribeirinho está aprendendo que o tucunaré é o ouro da Amazônia e vale mais vivo que morto. Um peixe desses, no mercado, custa R$ 10 a R$ 20. No rio ele atrai os pescadores esportivos e rende milhares de reais, numa indústria que cresce a cada ano”, afirma Aldson. “O prazer da pesca não está em comer o peixe, mas em pescá-lo, com a ação e divertimento que isso gera”, conclui.
Legislação
Autazes se tornou pioneiro na cota zero de tucunaré. É proibido, no Município, o abate da espécime em qualquer época do ano. A comercialização nas feiras é passível de muda. Avisos foram colocados em todos os locais onde o peixe era vendido.

Robson Taketomi (foto) pegou 6,65 metros de peixes medidos e soltos
Barcelos, que tem um dos maiores mercados internacionais de pesca esportiva, também adotou a legislação de Autazes. O advogado Caio Soares e o juiz Cid Soares estão entre os responsáveis pela legislação, que vem ganhando adesão no interior amazonense.
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