Quatro presos na Operação ‘Cashback’ ganham liberdade após decisão de desembargadora

Quatro presos na operação Cashback tiveram pedidos de habeas corpus aceitos pela desembargadora do TRF1. Foto: David Batista/ PMS

Sérgio Roberto Melo Bringel, Yuri Ferreira Sabá, Wescley Acedo de Oliveira e André Luis Becil, presos na Operação “Cashback”, deflagrada na última quinta-feira (11), pela Polícia Federal em Manaus, como desdobramento da Maus Caminhos, foram soltos neste domingo (14).

A desembargadora Maria do Carmo Cardoso, corregedora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), aceitou os pedidos de liberdade por habeas corpus solicitados pelos advogados de defesa dos detidos. A operação investiga esquema de desvio de milhões de reais de verbas da saúde do Amazonas.

Esquema

Outros acusados do esquema de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção, como o empresário Murad Abdel Aziz,irmão do senador Omar Aziz (PSD), e o advogado Lino José de Souza Chíxaro, ex-deputado estadual e ex-presidente da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), continuam presos no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).

Os quatro soltos deixaram a cadeia por volta das 16h. A “Cashback” foi deflagrada com o cumprimento de 16 mandados de prisão, de busca e apreensão e outras ordens judiciais, com objetivo de investigar a prática de crimes de peculato, lavagem de capitais e organização criminosa.

Organização

Os delitos, segundo a PF, foram praticados por empresários que forneciam produtos e serviços à organização social não alcançados na primeira fase da operação Maus Caminhos, em 2016.

A PF apurou que, dentre as fraudes identificadas, o modus operandi utilizado pela organização criminosa para desviar recursos públicos consistia na realização de pagamentos superfaturados, em preço e/ou quantidade, com a posterior devolução de parte do valor pago. Por essa razão, o nome da operação faz alusão ao modelo de compras que devolve parte do dinheiro ao consumidor.

Milionários

Apenas em um dos contratos dessas empresas com o Estado do Amazonas, no valor de R$ 552 milhões, foi identificada fraude no valor de R$ 140 milhões.

As prisões, além de mandados de bloqueios de contas e de sequestro de bens móveis e imóveis, foram expedidas pela Justiça Federal, após manifestação do Ministério Público Federal e cumpridas por 150 policiais federais.

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