Após protestos e manifestações, governo recua para implantar unidade prisional no Tarumã

Moradores do Tarumã fizeram ato pacífico hoje e rodam nas redes sociais um abaixo-assinado. Governador determinou que Seap procure uma nova área de estudo. Fotos: Divulgação

Após um novo protesto pacífico neste sábado (7), realizado por moradores de conjuntos e residenciais do Tarumã, na zona Oeste, o Governo do Estado determinou que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) suspenda as tratativas para aluguel de galpão no bairro.

O local seria para implantação de um projeto de centro de treinamento e capacitação para pessoas que cumprem pena no regime semiaberto. Uma nova área deverá ser alvo do projeto.

Ato público

O ato público de hoje foi realizado nas esquinas da avenida do Turismo e da estrada do aeroporto, incluindo ainda mobilização de moradores em um abaixo-assinado.

Fontes ligadas à segurança pública, ouvidas pelo Portal Marcos Santos, afirmaram que o semiaberto é para egressos do regime fechado e que está claro que o formato não “ressocializa e não recupera ninguém. O sistema prisional representa a falência de todas as políticas públicas ou da ausência delas. Levar o semiaberto para a Zona Urbana só atrairá mais problemas à comunidade local”, disse a fonte.

Unidade prisional

Em nota, a Seap esclareceu que não há projeto ou tratativa para implantar uma unidade prisional no Tarumã, mas que seria um galpão alugado de 23 mil metros quadrados na avenida Tarumã, para implantação de espaços de treinamento, cursos e atividade laboral para os internos do regime semiaberto.

A medida visa atender decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas referente ao processo de desativação do regime semiaberto do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). O regime foi desativado e os detentos passaram a usar tornozeleiras eletrônicas.

A meta é implantar no futuro, no espaço de cursos e treinamentos, linhas de montagem de produção ou de reciclagem de resíduos.

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