Foragido que vendia cursos falsos da Esbam no interior é preso ao desembarcar em Manaus

O mandado de prisão em nome de Marivaldo foi expedido no dia 16 de junho deste ano, pelo juiz Celso Souza de Paula, no Plantão Criminal da Comarca de Manaus. Foto: Divulgação

O foragido Marivaldo Carvalho Fonseca, 50, foi preso na noite de quinta-feira (21), acusado de participar de um esquema de venda de falsos cursos de ensino superior no interior do Amazonas, usando o nome da Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam). A prisão ocorreu no momento em que ele desembarcava em Manaus ao retornar de uma viagem a Bahia.

O mandado de prisão em nome de Marivaldo foi expedido no dia 16 de junho deste ano, pelo juiz Celso Souza de Paula, no Plantão Criminal da Comarca de Manaus. Marivaldo foi indiciado por organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica, furto qualificado, dano qualificado, desobediência de decisão judicial, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

O mandado foi cumprido por equipe do 24° Distrito Integrado de Polícia (DIP), sob o comando do delegado Aldeney Goés. Participaram da ação, servidores da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Turista (DECCT) e equipes do Infraero.

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O delegado Aldeney Goés disse, ainda, que Marivaldo estava na Bahia para manter contato com Amós Alves Santos, um dos atuais proprietários da faculdade, na intenção de planejar como proceder após a deflagração da operação “Incautos”, realizada pela polícia civil na última terça-feira (19).

“Marivaldo era o responsável por instituições de ensino falsas em Novo Airão e Manacapuru. Ele vendia os cursos de extensão como se fosse graduação, fazia isso a mandado de Amós, um dos atuais proprietários da instituição. As investigações para localizar e prender os demais envolvidos nos delitos continuam em andamento”, explicou o delegado.

 

Operação

A operação “Incautos” teve em vista desarticular um esquema de falsos cursos de ensino superior. Pessoas que residem em alguns municípios do interior do Estado foram lesadas por indivíduos que utilizaram o nome da Esbam para expedir diplomas de graduação sem o reconhecimento do MEC. Durante as investigações, foi comprovado que, na atual gestão da faculdade, os atuais sócios proprietários criaram uma estrutura organizacional interna dentro da faculdade em Manaus, quando foram criados cursos de graduação no interior do estado e, também, em outros estados, sem a devida autorização.

Marivaldo foi indiciado por organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica, furto qualificado, dano qualificado, desobediência de decisão judicial, lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Após os procedimentos cabíveis na delegacia, ele será levado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), onde irão ficar à disposição da Justiça.

Por ocasião da operação “Incautos”, a Esbam divulgou nota informando que a instituição não opera no interior do Amazonas e todos os cursos ministrados em Manaus estão devidamente regularizados perante o MEC. Também afirmou que tem mais de 15 anos de atuação no Amazonas, com uma trajetória de honestidade, legalidade, compromisso, respeito, qualidade e excelência. “Assim como a sociedade, a atual administração espera que a investigação seja concluída e que as pessoas que utilizaram o nome desta respeitável instituição de ensino sofram as sanções cabíveis”, afirmou a direção da Esbam, em nota.

 

Foragidos

 O delegado Aldeney Goes informou que os atuais sócios da faculdade, Amós Alves e Rubens Júnior, seguem foragidos, além de Fabiano Lima da Silveira, 30, que também participou ativamente dos delitos.

 

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1 comentário

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  1. Sandra Maria Nunes da Silva disse:

    Amigos gostaria de me manifestar que no Municipio de Presidente Figueiredo aconteceu um fato semelhante, academicos de serviço social ate hoje esperam esse tal certificado de conclusao de curso, que a reitora Ieda Nicacio administra diz que sera emetido pela esbam, sendo que o curso ja terminou no ano de2017. Ate agora aguardam resposta,tanto da esbam como da propria reitora.