Identificado como o número 1 da facção criminosa Comando Vermelho (CV), o narcotraficante Clemilson dos Santos Farias, 40, Tio Patinhas, foi apresentado nesta terça-feira (19), durante coletiva de imprensa em Manaus. Ele foi preso em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco.
A prisão dele ocorreu no último sábado (16) ocorreu após quatro meses de investigações da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). O narcotraficante está ligado a dezenas de homicídios registrados em Manaus com características de execução.
Com Tio Patinhas, a polícia apreendeu equipamentos como computadores e pen-drives, além da agenda com a contabilidade do tráfico.
Homicídios e tráfico
O secretário executivo de Inteligência, Herbert Lopes, afirmou que a prisão possibilitará a elucidação de diversos homicídios cometidos na capital amazonense e que são decorrentes da disputa entre facções pelo domínio de bocas de fumo.
“O nome dele é relacionado a vários homicídios e à disputa do tráfico de drogas considerado estratégico no bairro do Mutirão. Passamos a rastrear os passos deles, desde quando saiu de Manaus para o Pará, depois foi para Imperatriz, no Maranhão, e finalmente em Recife”, disse Lopes.
Empresário
Em Recife, segundo o secretário executivo, Clemilson aparentemente atuava como empresário do ramo de transportes e a esposa tinha uma loja. O apartamento onde ele foi preso foi comprado pelo narcotraficante por cerca de R$ 400 mil.
“De lá, ele comandava todas as atividades criminosas do CV no Amazonas. Quanto à arma de guerra, uma metralhadora .30, apreendida durante a Operação Banzeiro, ele contou que fez uma foto com a mesma e que ela seria vendida para a facção, mas que na época teriam achado um valor muito alto”, completou Lopes.
Unidade prisional
Após ser ouvido, Clemilson será encaminhado para uma unidade prisional do Estado. Há uma preocupação com a estabilidade do sistema, uma vez que o preso é considerado sensível. Na apresentação, o narcotraficante usou até um boné personalizado com seu apelido.
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