Motorista de ônibus morto durante assalto na Max Teixeira será velado em igreja no Bairro da Paz

Francisco Araújo foi morto exatamente no seu posto de trabalho, sem defesa, dirigindo o ônibus. Foto: Divulgação

O motorista de ônibus Francisco Araújo da Silva, 51, assassinado na noite desta quinta-feira (14), enquanto dirigia o coletivo da linha 450, da Viação São Pedro, deve ser velado na igreja católica do Bairro da Paz, a partir das 11h desta sexta-feira (15).

Francisco morreu no banco do motorista em um trecho da avenida Max Teixeira, perto da Torquato Tapajós, na zona Norte, durante um latrocínio (roubo seguido de morte).

Calibre 12

Informações da polícia dão conta que seis assaltantes entraram no coletivo, anunciaram o assalto e fizeram o motorista dirigir lentamente pela via. Durante a ação, um passageiro, armado, teria trocado tiros com os infratores. O motorista foi atingindo e morreu no local, e um suspeito do assalto foi baleado no pescoço, sendo socorrido.

O segundo ferido está internado no Hospital e Pronto Socorro Platão Aráujo. A população, revoltada ontem, tentou impedir que a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fizesse a remoção do suspeito.

Os demais assaltantes fugiram por uma área de mata na Max Teixeira, perto da comunidade José Bonifácio. Uma arma calibre .12 foi apreendida no local. O motorista foi baleado com um tiro dessa arma.

Mensagem do filho

Nas redes sociais, o filho do motorista, Fabiano Santos, publicou uma mensagem de luto falando do sofrimento que a família passa e por ter perdido o pai: “Sempre soube que esse momento poderia chegar, mas nada que pudesse fazer iria me preparar para um sofrimento tão grande. Você foi o melhor, meu pai, jamais vou esquecer tudo que me ensinou, todo o amor que meu deu e o exemplo de homem que foi”.

Ontem, bastante emocionado, o irmão de Francisco, Enilson de Araújo, 44, lamentava a morte brutal e a falta de segurança na cidade. “Peço encarecidamente que todos se unam pela segurança, pelos rodoviários. Um vagabundo vem roubar R$ 300 reais. A vida do meu irmão vale isso?”, desabafou.

Francisco Araújo da Silva trabalhava como motorista de ônibus há 15 anos. Ele deixou dois filhos, dois enteados, além de dois netos.

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