Maio Amarelo: Médico explica o que fazer quando acontecer um acidente de trânsito

Médico orienta sobre o que fazem em acidentes de trânsito

Grave acidente na Constantino Nery. Foto: Divulgação

Carros e motos estão cada vez mais tecnológicos e seguros, mas, ainda assim, o número de acidentes no trânsito é alto. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa a 5ª posição no ranking entre os países recordistas em mortes no trânsito. O médico cirurgião Renato Poggetti  contou como agir caso um acidente ocorra próximo a você.

“As pessoas jovens costumam ser as principais vítimas fatais de acidentes de trânsito. Por isso, a conscientização sobre quais medidas devem ser tomadas após um acidente deve ser amplamente divulgada”, afirma o médico. Dados da ONU mostram que os acidentes de trânsito são a principal causa de mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade.

Para isso, o Poggetti estabelece os principais cuidados que devem ser tomados para minimizar eventuais danos a uma vítima que acabou de sofrer um trauma em um acidente de trânsito. Veja:

Chamar o atendimento pré-hospitalar e a Polícia: O primeiro passo deve ser chamar o atendimento pré-hospitalar e a polícia e indicar as seguintes informações:

Qual o local exato do acidente? (indicando se a cena está em segurança)

Número de vítimas?

Peça o nome e tire dúvidas sobre a forma como tudo aconteceu. Se não estiver consciente, veja qual a posição dos envolvidos no acidente, se há sangramento aparente, se há respiração, inchaço, especialmente na região abdominal e na cabeça/olhos ou alguma fratura.

Estas informações ajudam a estabelecer a urgência e prioridade de chegada da ambulância.

Segurança da cena: Verificar se apresenta perigo

Se há possibilidade de uma segunda colisão, se o local onde está a vítima têm veículos em trânsito.

Sinalizar bem o local do acidente.

Checar se a vítima está próxima a um produto tóxico e explosivo. Em caso positivo, sinalizar para a equipe pré-hospitalar e Polícia que foram chamadas ao local e aguardar o atendimento.

Verificar se o local está com a estrutura instável.

Atendimento pré-hospitalar

Na maioria das emergências não traumáticas que chegam a um pronto-socorro, o paciente informa a sua queixa e o médico possui tempo para realizar exames antes de definir o tratamento. Já as vítimas de traumas no trânsito nem sempre estão em condições de relatar o que houve e não há tempo para exames. Nestes casos, as equipes são orientadas a identificar e tratar as lesões mais emergenciais para minimizar o risco de sequelas e de morte.

“O foco dos profissionais do atendimento pré-hospitalar é a redução de danos com o controle das lesões mais importantes”, explica o médico. Enquanto a vítima é levada para o hospital, já recebe manobras prioritárias como a permeabilização das vias aéreas, estabilização da respiração, controle de sangramentos, de temperatura e monitorização de batimentos cardíacos e pressão arterial. “Quando há um acidente, nós não podemos nos guiar só pelas lesões mais impressionantes, mas devemos identificar e tratar imediatamente as lesões de maior risco de vida. Isso deve acontecer, prioritariamente, na primeira hora após o trauma” ratifica Dr. Poggetti.

Caso o atendimento pré-hospitalar e hospitalar inicial não seja realizado no tempo adequado, as sequelas podem ser irreversíveis como danos neurológicos ou amputações. Por isso, além de chamar a equipe de emergência, é de extrema importância buscar um atendimento especializado sempre que for possível. “O mais importante do tratamento é o tempo. Além disso, buscar um hospital com equipe de trauma pode aumentar consideravelmente as chances de sobrevivência com menos sequelas”, finaliza o Dr. Poggetti ao lembrar que o atendimento começa no local do acidente, mas é concluído no hospital.

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